(Bruno Gonzaga)
Um gélido país, mas com extensa e aquecida produção artística. Assim é a Noruega, que reúne grandes nomes no cenário das artes visuais. Para ilustrar este cenário a Casa Fiat de Cultura inaugura nesta sexta-feira (11) a exposição “Re-Conhecimento - A Gravura Norueguesa Contemporânea”. A mostra traz mais de cem produções de 21 artistas. Com um recorte de 25 anos, a exposição apresenta trabalhos de diferentes épocas, diversas técnicas (serigrafia, estêncil, litogravura, xilogravura) e temáticas. Alguns nomes que integram a mostra já expuseram obras na Bienal de São Paulo, como Per Inge Bjorlo, Ornulf Opdahl, e Bjarne Melgaard. “É oportunidade de mostrar uma faceta de uma cultura importante e desconhecida do nosso público”, acredita o presidente da Casa Fiat, José Eduardo De Lima. As cores da bandeira da Noruega – o vermelho e o azul – guiam o visitante pelo espaço da exposição, distribuída em duas salas. A primeira traz obras mais conceituais e gráficas, marcadas pelo contraste entre o branco e o preto. A segunda parte está disposta na grande galeria, onde fica clara a tradição da gravura no país. Do autorretrato do artista Per Inge Bjorlo, a mostra passa ainda pela representação da natureza, manipulação de fotografias e até mesmo a street art, ali representada pelo artista Dolk. Dedicado à estética de cartazes, Jannik Abel se debruça em serigrafias com elementos poéticos. Trabalhos abstratos também estão presentes. A exposição culmina na xilogravura “O Beijo” (1902), do ímpar Edvard Munch. A obra é anterior ao período coberto pela mostra, mas está ali como uma homenagem ao artista, um dos principais nomes da arte visual norueguesa. Exposição “Re-Conhecimento - A gravura norueguesa contemporânea”. Casa Fiat (Praça da Liberdade, 10, Funcionários). Até 25/10. Terça a sexta, de 10h às 21h; Sábado, domingo e feriado, de 10h às 18h. Gratuito