Celebrando 25 anos na estrada, Jota Quest lança primeiro songbook da carreira

Jéssica Malta
09/07/2019 às 08:48.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:27
 (Antonio Andrade/Divulgação)

(Antonio Andrade/Divulgação)

Para iniciar as comemorações dos 25 anos de carreira, a banda mineira Jota Quest lança nesta quinta-feira um trabalho especial: o “Songbook – Jota Quest”, obra que reúne cifras e partituras para voz e violão de 58 canções das mais de 130 já gravadas pela banda. Além do registro técnico, o livro reúne histórias, fotos e curiosidades sobre o grupo mineiro, um dos expoentes da geração Rock-Brasil dos anos 1990.

A obra, disponível em português e inglês, faz parte de uma série especial de livros dedicados à produção de grandes artistas mineiros, organizada pelo músico e produtor Barral Lima. “A ideia é a gente registrar e contar a história musical de Minas para o país e para o mundo”, explica o produtor.

Barral pontua que o registro do Jota Quest também é uma forma de valorizar a música pop e mostrar que, apesar do inegável significado do Clube da Esquina para a música mineira, a produção do Estado não se resume ao movimento.

“Há um preconceito com a música pop. Muita gente acha que ele é um gênero que não fica para a história. Com o registro queremos mostrar o contrário. Daqui a 20 anos essa produção será, sim, parte da história”, projeta o produtor.

Ouça nossa seleção com alguns clássicos da banda:
 



Lembranças

A seleção das 58 canções foi feita a partir de toda a discografia da banda pelo crítico musical e jornalista Mauro Ferreira e também pelos integrantes do grupo. O processo de revisão do repertório foi uma boa maneira de reviver os momentos da banda e encontrar relíquias da história do grupo nesses 25 anos de estrada.

“Encontramos manuscritos originais de algumas músicas como ‘Amor Maior’ e ‘Na Moral’. Piramos com as lembranças”, conta o vocalista Rogério Flausino.

Para ele, a reunião de tantas composições é um marco importante para a banda. “Para quem vive de fazer música, ver um livrão como esse reunindo nosso trabalho é muito legal. É interessante ver o tanto de música que a gente tem”, afirma.

Como uma espécie de raio-x do trabalho, a obra também ajuda a mapear a sonoridade do Jota Quest. “É interessante porque tivemos um resultado diverso, mas que sintetiza o jeito Jota Quest de fazer música”, sublinha Flausino, que destaca a mistura de influências da banda. Todos os membros são compositores. “Temos a nossa mistura de pop, com pop rock e a black music e isso com um perfume de MPB”, define.

Além do estilo Jota Quest de ser, as diversas fases vividas pelo grupo são contempladas pelas composições escolhidas para o livro. “A gente inicia a carreira com uma fase bem black music e, depois, começamos a fazer canções e viramos uma banda híbrida”, relembra o vocalista. 

Balanço da Carreira

As duas décadas e meia de atividade são avaliadas de forma positiva por Flausino. “Somos uma banda que nunca parou e que sempre está querendo fazer coisas novas. E nessa você acerta, erra, age querendo alcançar alguma coisa e nem sempre consegue, mas isso te ajuda a descobrir outras coisas”, avalia. “O artista tem que estar em movimento e buscando sempre alguma coisa, mesmo que não saiba o que é”, acredita.

Questionado sobre qual o segredo para a longevidade da banda, que se mantem com a mesma formação deste o início, Rogério Flausino não pensa duas vezes. “Tem um verso no nosso single atual, ‘Todas as Janelas’, que diz: consciência e paciência. É isso: ficar com o pé no chão e ter muita paciência, buscando sempre saber o que é o grupo, o que nós somos para poder tocar o barco”.

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