(GUGA MELGAR/)
Trata-se de um mérito e tanto: há seis décadas, seguir cativando o público infantil. Sim, “Pluft, o Fantasminha” se tornou, sem dúvida, um clássico da dramaturgia direcionada a este nicho. A boa notícia é que, neste final de semana, uma montagem do texto da belo-horizontina Maria Clara Machado (1921 – 2001) chega à capital mineira trazendo, em seu bojo, uma série de chamarizes.
A começar pelo elenco, capitaneado por Cláudia Abreu no papel-título, além de José Lavigne, Thelmo Fernandes, Miriam Freeland, Sergio Maciel, Pedro Kosovski e João Sant’anna. Quem acompanha as páginas da imprensa dedicadas ao teatro sabe que a presença da atriz (hoje no elenco de “Geração Brasil”) não se dá por acaso. Cláudia formou-se pelo Tablado, o grupo que Maria Clara criou. Na verdade, a montagem que chega a BH é alusiva aos dez anos da produzida pela atriz e asseclas. O que mudou? Bem, Cláudia Abreu teve mais alguns filhos neste interregno – se há dez anos era só Maria (hoje com 13), “apareceram” Felipa, 7, José, 4, e Pedro Henrique, 3. Ótimo termômetro para aferir a atualidade do texto.
“Ter essa oportunidade de ver a própria mãe encenando essa peça tão lúdica, vivenciar a atmosfera do teatro, transitando entre coxias e camarins, assistir à peça várias vezes e, agora, viajar como uma trupe de circo, para lugares diferentes, tem sido, para os meus filhos, uma experiência única na infância”, diz Cláudia, ao Hoje em Dia.
Para a atriz, a atemporalidade da peça reside no fato de falar – “com muita poesia” – sobre temas fundamentais: medo, amizade, confiança, crescimento. “A Maria Clara se mantém como a maior autora teatral infantil porque os textos dela são poéticos, simples e encantadores. Ela sabe como falar para crianças e adultos sem subestimar a inteligência dos pequenos – e sem ficar desinteressante para os adultos”.
“Pluft, o Fantasminha” – Neste sábado (13), às 16 h e às 18h, domingo, às 15h e às 17h. Teatro Sesiminas (rua Padre Marinho, 60). R$ 80 e R$ 40 (meia).
Fascinando públicos de todas as idades
Maria Clara Machado estreou “Pluft, o Fantasminha” em 1955, no Tablado (RJ). Desde então, não parou de correr pelos palcos do Brasil e do exterior, fascinando públicos de todas as idades. Seus primeiros espectadores, hoje avós, levaram seus filhos e depois seus netos para conhecer a história do fantasminha que já foi traduzida para mais de dez idiomas, montada em toda a América Latina, Alemanha, França, Itália e até mesmo nos países da antiga União Soviética.
A montagem que chega agora a BH tem direção de Cacá Mourthé, e é indicada para crianças acima de três anos. A duração é de 55 minutos. Informações: (31) 3889-2003