Coladera lança 'Lá Dôtu Lado”, segundo disco da carreira, neste sábado no Sesc Palladium

Jéssica Malta
jcouto@hojeemdia.com.br
02/05/2018 às 18:24.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:38
 (Eduardo Escariz/Divulgação)

(Eduardo Escariz/Divulgação)

Foram dos territórios banhados pelo Oceano Atlântico que vieram as várias sonoridades que compõem o disco “Lá Dôtu Lado”, que o grupo Coladera lança neste sábado no Sesc Palladium, em apresentação que abre a turnê brasileira do álbum.

Com influências musicais do Brasil, Portugal e Cabo Verde, o grupo transita liricamente pela língua portuguesa e pelo crioulo – idioma que mescla o português e o dialeto africano. “Trazemos essa música feita no Atlântico. É o que está do outro lado, mas que faz parte do mesmo barco”, diz o vocalista e violonista Vitor Santana.

Um dos idealizadores do Coladera (o batismo foi inspirado em um ritmo típico de Cabo Verde) o músico explica que a ideia para o disco, o segundo da carreira, ganhou força quando a banda seguia em turnê pelo primeiro álbum. “A partir das nossas viagens, começamos a fomentar a ideia desse trabalho e a compor pensando em uma estética que traz ritmos como o samba de roda, mais ligado à Bahia, o fado, o funaná, entre outros”, conta.

Nas composições, o álbum também traz representantes “lá do outro lado”, como o premiado escritor angolano José Eduardo Agualusa, o poeta português Márcio Silva, a compositora brasileira Brisa Marques e os cabo-verdianos Bilan e Dino D’ Santiago.

As andanças internacionais renderam outros frutos: seus registros visuais serão transformados em um mini-documentário, que será lançado em breve, e parte destas imagens irão compôr o cenário do show.

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No palco, o Coladera também reforça seu caráter multicultural: além do brasileiro Santana, completam a formação do grupo o português João Pires e o cabo-verdiano Miroca Paris. “Chegamos em um trio de cantores também. A música africana tem muito coro e esse é um ambiente em que a gente se dá muito bem”, ressalta Santana.

O time ganha ainda mais força com as participações no show da cantora angolana Aline Frazão e do cantor e compositor cabo-verdiano Mário Lúcio, figura icônica em seu país por ser fundador do grupo Simentera e ex-ministro da Cultura. “É uma oportunidade de ver esses quatro países no palco trazendo coisas que nem sempre estão trafegando por aqui”, pontua Santana.

Com a abertura da turnê no Brasil, o grupo espera trilhar o mesmo caminho que já segue na Europa, confirmado pela resposta positiva do público aos shows feitos na Dinamarca, Alemanha, Portugal e Holanda. “A ideia é de ganhar mais projeção no Brasil e em BH, que foi o ambiente criativo desse disco”, afirma o músico.

Serviço: Lançamento do disco “Lá Dôtu Lado”, do Coladera, sábado, às 21h no Sesc Palladium ( R. Rio de Janeiro, 1046 – Centro). Ingressos: R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia)

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