Comédia apresentada no Cine PE reúne Deborah Secco e Alessandra Negrini

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
01/06/2018 às 18:21.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:23
 (FELIPE SOUTO MAIOR/CINE PE/DIVULGAÇÃO)

(FELIPE SOUTO MAIOR/CINE PE/DIVULGAÇÃO)

RECIFE – O diretor Luís Pinheiro já fez mais de nove séries de TV, todas elas protagonizadas por mulheres. Em sua estreia na direção de um longa-metragem, não foi diferente. Apresentado na abertura do 28º Cine PE – Festival do Audiovisual, na noite de quinta-feira (31), “Mulheres Alteradas” reúne quatro mulheres em situações típica deste universo.

 “Não sei bem o porquê. Tenho duas filhas, minha esposa, minha mãe. A relação com essas mulheres alteradas já vem de casa”, registra o cineasta, que construiu uma comédia frenética a partir do quadrinho homônimo assinado por Maitena e lançado nos anos 90. “Cinema e quadrinhos são muito próximos. Nos dois, você tem um quadro que limita a imagem”, registra.

 Pinheiro, que já tinha transformado em série os quadrinhos de “Lili, a Ex”, de Caco Galhardo, ousou na linguagem de “Mulheres Alteradas”, filmando com uma lente só e criando efeitos especiais com a própria câmera. “Para ter esse ritmo, o câmera teve que criar uma pega diferente na câmera, mostrando as personagens um pouco abaixo do olhar”.

 O elenco de “alteradas” é formado por Alessandra Negrini, Deborah Secco, Maria Casadevall e Monica Iozzi, com destaque para a primeira, no papel de uma advogada que só pensa na carreira até se apaixonar loucamente, passando a ver tudo com benevolência quando está prestes a trabalhar num caso de divórcio que dará muito dinheiro ao escritório.

 Um aspecto que se destaca é o fato de uma mulheres ter experiências extraconjugais durante uma noite, inclusive com pessoas do mesmo sexo, e voltar para casa normalmente, sem se sentir em dívida com o marido. “Queríamos sair desta ideia antiga, estereotipada, de mulheres carregadas por culpas”, salienta.

 Também é interessante observar que duas das personagens femininas têm como final feliz a dissolução de suas relações, indo contra a premissa de muitas comédias românticas. “No caso da advogada, ela quer ser tirana, se libertar. Ela não precisa ser melhor, mas ser o que é, independentemente se vai ser boa ou ruim”.

 (*) O repórter viajou a convite da organização do Cine PE

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