Miguel Falabella e Marília Pêra encabeçam o grande elenco da versão nacional de "Alô, Dolly", considerado um dos maiores clássicos dos musicais da Broadway, em todos os tempos. Adaptado e dirigido por Falabella, o espetáculo ocupa o Sesc Palladium, até domingo (21). Ingressos entre R$ 200 e R$ 45. Profissional dos mais ativos, destacado tanto no teatro, quanto na TV e no cinema, o carioca Miguel Falabella nos fala a seguir sobre este novo trabalho e sobre outros gêneros nos quais ele também atua. O musical é um gênero para sempre ou também estaria fadado à extinção, como a revista? Os musicais, que antes podiam ser considerados um explosão temporária, hoje já conseguem mostrar seu lugar no cenário teatral brasileiro. As produções e o público crescem em números consideráveis. Em minhas adaptações tenho como uma assinatura minha trazer a brasilidade aos textos e musicais estrangeiros, porque o público precisa se aproximar daquela história. O musical tem que dialogar com a realidade e de certa forma seduzir essa nova geração de jovens para que venha a se apaixonar pelo gênero. Você acha que faria algum sentido retomar "Sai de Baixo" ou é uma ideia com prazo de validade definitivamente vencido? "Sai de Baixo" é uma brincadeira entre amigos. Fizemos esses novos episódios e foi uma delícia. Vivemos momentos antológicos naquele palco, foram anos juntos e todos os domingos o público nos recebia de braços abertos em suas casas. Naquele momento dizemos sim para algo que nos fez feliz durante muito tempo. "Pé na Cova" é uma declaração pública que a morte não lhe causa medo? Eu lido tranquilamente com a morte, quanto mais envelhecemos a morte vira uma realidade mais próxima. Aqui no Brasil, a morte tem uma pegada pesada, muito mórbida, e imaginei que seria banal fazer comédia com o tema. Você projeta parar de trabalhar? Gosto deste ritmo frenético, não parar de trabalhar, acabo inventando projetos para poder encaixar todo mundo. Ainda tenho muita história pra contar. Serviço "Alô, Dolly" no Sesc Palladium (rua Rio de Janeiro, 1046, Centro). Quinta (18) e sexta (19) as 21 horas. Sábado (20), as 17 e 20 horas. Domingo (21), 19 horas. Ingressos entre R$ 200 e R$ 45.