Com Mart’nália, Rodrigo Borges lança segundo disco solo na quinta-feira

Jéssica Malta
jcouto@hojeemdia.com.br
24/09/2018 às 17:08.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:37
 (Marina Cambraia/Divulgação)

(Marina Cambraia/Divulgação)

“Talking Book”, álbum clássico lançado por Stevie Wonder em 1972, surgiu de uma desilusão amorosa. Já “Assim Que A Vida Quiser”, que o músico mineiro Rodrigo Borges lança na quinta-feira (27), segue um caminho contrário: o músico se tornou pai há pouco tempo e celebra o amor em sua vida. Mas os rumos distintos não impedem que ele veja semelhanças entre os trabalhos. “Eles têm o amor como tema recorrente”, sublinha.

Parafraseando a canção de seus tios Lô e Márcio Borges, “Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor?” para o músico, agora é a hora mais apropriada para falar sobre o tema. “Nesse tempo de polarização, cada um de nós precisa ter uma visão amorosa de mundo e de Brasil”, acredita.

Se é o amor a guia temática da maioria das canções, a produção do álbum não fica distante do sentimento. “É um disco de encontros. A amizade permeia toda a construção musical desse trabalho, a escolha das parcerias”, conta Borges. É aliás, no encontro que também se constrói o show de lançamento, já que no palco, ele convida a cantora carioca Martin´ ália, com quem ele regravou a canção “Onde Deus Possa Me Ouvir”, de Vander Lee.

A amizade teve papel fundamental na reunião entre eles. Amigos em comum de Vander Lee, Borges e Mart’nália subiram ao palco em 2017, para homenageá-lo poucos meses após seu falecimento. O tributo que nasceu no palco foi para no disco e, agora, retorna novamente ao seu lugar de origem. A participação de Martin’ália, porém, não se resume à canção. “Vai ser também um mergulho profundo na produção dela. Não uma participação tradicional, ela deve tocar comigo quase metade do show”, diz. Além da cantora, outros nomes também reforçam o time de Borges, que convida músicos como Maurício Tizumba, Roger Deff e Toninho Horta.

SONORIDADE

A empreitada é vista pelo mineiro como uma evolução de seu trabalho – seu primeiro álbum solo “Qualquer Palavra” foi lançado em 2011. “Hoje estou mais velho e me considero um melhor artista. Mas esse disco representa não só a minha evolução musical. Esse ambiente de amizade, foi ainda mais forte do que no primeiro disco”, sublinha Borges.

Os tantos encontros que formatam a obra, também levam o músico a outros territórios sonoros. “Embora ele tenha uma unidade forte, o disco tem uma riqueza musical mais ampla. Trabalhamos percussão, os ritmos africanos, algumas sonoridades modernas como o pop”.

Borges também não conseguiu fugir do seu histórico DNA, e carrega “Paisagem da Janela”, clássico clubeesquinístico de Lô, para novos rumos sonoros. “Levamos esse cenário mineiro para o nordeste”, define o músico. A ideia da versão surgiu a partir de uma experimentação. “Toquei uma vez em uma festa junina no bairro Santa Lúcia. No encerramento do show sugeri que a gente tocasse a música em ritmo de xote. Quando tocamos, a pista encheu. Sinal que deu certo”, comemora.

Rodrigo Borges e Mart’nália se apresentam quinta-feira, às 21h, no Sesc Palladium (Av. Augusto de Lima, 420 – Centro-BH). Os ingressos custam de R$ 20 a R$ 60

Ouça a parceria entre os músicos:

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