Com sucessos e simpatia, Elton John e Rod Stewart se destacam na última noite do Rock in Rio

folhapress
21/09/2015 às 08:18.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:48
 (AFP)

(AFP)

Rod Stewart fez o show que um cantor de 70 anos e carreira brilhante tinha de mostrar no Rock in Rio: sucessos, simpatia e o equilíbrio correto entre velharias e coisas mais novas, rock e pop, baladas e guitarras mais aceleradas.

Seu repertório, com 16 músicas, abriu com uma sequência forte, que jogou logo nessa primeira parte os hits "Forever Young" e "Tonight's the Night", está uma canção que nenhum fã com mais de 40 anos consegue ouvir sem um sorriso no rosto.

Com sua figura ainda bem magra e o cabelo espetado como marca registrada, Rod corre de um lado para outro, salta, movimenta o corpo, em boa forma. A voz segue rouca como um Pato Donald depois de algumas doses de uísque. É tão singular que fica difícil dizer se continua intacta ou não. Mas emociona.

Quando esteve no primeiro Rock in Rio, em 1985, Rod era roqueiro até a medula. Nessas três décadas de intervalo entre edições do festival, ficou mais pop e, para surpresa geral, gravou nos últimos anos standards da música antiga americana, canções muito mais reconhecíveis nas vozes de Frank Sinatra, Dean Martin ou Tony Bennett. Inusitado, mas o público amou.

Essas experiências podem ter freado um pouco a fúria de sua persona roqueira, mas é preciso tirar o chapéu para os momentos em que Rod ressuscita interpretações incríveis. Um ótimo exemplo é "The First Cut Is the Deepest", composta por Cat Stevens nos anos 1960, que ainda foi capaz de tocar algumas almas deprimidas na Cidade do Rock.

Preenchendo o miolo do show com coisas mais recentes, Rod deixou o final para outras músicas impressas na memória afetiva de seus fãs, como "You're in my Heart" e "Maggie May". A arrebatadora "Sailing", que marcou de vez a melhor fase de sua carreira, em 1975, foi um canto arrepiante.

Rod continua uma grande estrela. Tão forte que seus shows não é uma sessão nostálgica, é mais uma prova de fé.

De paletó azul brilhante, Elton sobe animadíssimo ao palco

"Sir" Elton John subiu ao palco do Rock in Rio às 22h30 da noite de domingo (21), para seu segundo show no festival (o primeiro foi em 2011).

Acompanhado de uma superbanda -Davey Johnstone (guitarra, violão),Matt Bissonnette (baixo), Kim Bullard (teclados), John Mahon (percussão, bateria) e Nigel Olsson (bateria), alguns com décadas de estrada ao lado de Elton (Johnstone já fez mais de dois mil shows com o "chefe")- ele entrou animadíssimo no palco, vestido com um paletó azul brilhante com o logotipo do "Capitão Fantástico" (do disco "Captain Fantastic and the Brown Dirt Cowboy", de 1975) nas costas.

O popstar já começou emendando dois de seus maiores hits, "The Bitch is Back" (1974) e "Bennie and the Jets" (1973).

Elton sentou em cima do piano e pediu animação à plateia. Não precisava: o público conhecia tão bem as músicas que, na terceira nota que ele tocava ao piano, já desatava a cantar as canções.

O coro aumentou em volume com a homenagem de Elton a Marilyn Monroe e Lady Di, "Candle in the Wind". Depois a banda emendou uma versão matadora de "Levon" (1971), com um bonito e animado solo de piano de Elton, antes de botar todo mundo para cantar de novo com "Tiny Dancer" (1971).

O repertório completo do show, divulgado antecipadamente pela assessoria do cantor, incluía 17 canções, como "Skyline Pigeon" e "Don't Let the Sun Go Down on Me", terminando com "Saturday Night's Alright for Fighting" e "Crocodile Rock".

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por