Começa nesta quarta o Festival Tudo é Jazz, com curadoria de Túlio Mourão

Da Redação
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16/06/2021 às 15:08.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:11
 (MARIA MOURÃO/DIVULGAÇÃO)

(MARIA MOURÃO/DIVULGAÇÃO)

Com curadoria do renomado músico Túlio Mourão, a edição 2021 do festival Tudo é Jazz tem início nesta quarta-feira (16). A programação conta com artistas consolidados do instrumental nacional ao lado de talentos mineiros.

O público vai poder assistir as apresentações, on-line e gratuitas, a partir das 20h, pelo canal do festival no YouTube e também pelo site www.tudoejazz.com.

"Mantemos a configuração em mão dupla, na qual artistas criam prestigiosa moldura e dividem palcos e holofotes de mídia com os talentosos músicos mineiros", reitera Mourão.

O Tudo é Jazz teve que se adaptar às condições da pandemia e o maior desafio tem sido garantir a segurança dos músicos, equipe e público. Para isso, o formato do evento passou a ser 100% online desde o ano passado.

Ouro Preto se mantém como o cenário das apresentações, com as filmagens sendo realizadas em teatro e em pontos turísticos da cidade, com todo cuidado possível e equipe testada.

"Ouro Preto é um lugar sem igual, sua energia e arquitetura combinadas ao jazz criam uma atmosfera maravilhosa e única, valorizar esta cidade nesta versão online reafirma nosso compromisso com a cidade e vice-versa", diz Rud Carvalho, diretor do Tudo é Jazz.

Mourão reafirma que Ouro Preto reúne condições excepcionais para abrigar o Tudo é Jazz pela exemplar aderência ao eixo conceitual do evento. "A cidade é onde a sofisticação da música encontra eco e diálogo com a paisagem, a arquitetura, a história e a irresistível atmosfera da arte nos resgatando das mediocridades do cotidiano", assevera o curador.

Programação

A mineira Sílvia Gomes abre o festival, na quarta-feira, exibindo um canto vigoroso, que busca força na ancestralidade evocando crônicas de uma Ouro Preto que é ao mesmo tempo cidade, sociedade e cultura erguidas sobre o trabalho escravo negro. 

Silvia  Gomes evidencia  temas  como  lutas  e  resistências  da  essência  humana  nas  raízes brasileiras. No  repertório, pérolas de Sérgio  Pererê, Mestre  Jonas, Ivan Lins,Celso Viáfora, Dorival Caymmi, Dona Ivone Lara, Aldir Blanc, Miguel  dos  Anjos, Dé Lucas, João Nogueira e Paulo César Pinheiro.

Ainda nesta quarta, a trajetória de pianista, compositor e arranjador do mineiro Túlio Mourão se une à percussão do multi-instrumentista baiano Marco Lobo, para uma performance especial para o Tudo é Jazz, no Teatro da Orquestra de Ouro Preto.

Mourão tem uma história preciosa dentro da Música Brasileira. Integrou a banda Mutantes na fase do rock progressivo e integrou a banda de artistas consagrados, como Milton Nascimento, Maria Bethânia, Chico Buarque, Ney Matogrosso, Fagner, dentre outros. Sua discografia reúne 15 CDs lançados, dentre trilhas orquestrais, canções e jazz/instrumental, além dos principais prêmios por trilhas sonoras para o cinema.

Autodidata, Marco Lobo iniciou a carreira em Salvador e, há mais de 30 anos, vive no Rio de Janeiro. Durante muitos anos, integrou bandas de artistas de renome da música nacional e internacional.  Em 2010, Marco Lobo decidiu se dedicar à carreira solo no Brasil e no exterior. Possui três CDs e um DVD lançados, ministra oficinas e workshops, cria e executa projetos musicais que consolidam a música instrumental brasileira ao redor do mundo..

Na quinta-feira (17), a mineira Nath Rodrigues se apresenta na Casa de Gonzaga e exibe seu diversificado talento como multi-instrumentista, cantora, compositora, educadora musical e experimentadora das artes cênicas. 

Ao longo de seus 15 anos de carreira, Nath já integrou orquestras, grupos instrumentais e acompanhou diversos artistas da cena musical mineira. Lançou seu primeiro disco solo, Fractal, em 2019 e se prepara para o lançamento de seu segundo álbum, Fio, com produção e acompanhamento de Pedro Cambraia, o Cido. 

No mesmo dia, Chico Amaral Quarteto se apresenta no Teatro da Orquestra de Ouro Preto, ao lado de Chico Amaral no saxofone, Lincoln Cheib na bateria, Enéias Xavier no baixo e Magno Alexandre na guitarra.

O quarteto vai mostrar um repertório que privilegia a música de Minas e o melhor da música instrumental brasileira. Os standards jazzísticos também são contemplados, bem como composições autorais. Cada apresentação se torna única: na melhor tradição dos músicos de jazz, a improvisação faz parte dos shows do quarteto.

Outro encontro promete mais uma grande performance no Teatro da Orquestra de Ouro Preto: Gilson Peranzzetta e Marcel Powell.  m encontro de gerações e de talentos que une o encantamento e a exuberância do piano do maestro Peranzzetta, ao arrebatamento e impetuosidade do violão de Marcel Powell. No repertório do duo, composições de Baden Powell, Tom Jobim, Carlos Lyra, Garoto, dentre outros grandes nomes da música.

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