Companhia de dança Ananda estreia 'Cartas para Irene'

Da Redação
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Publicado em 25/06/2021 às 10:44.Atualizado em 05/12/2021 às 05:15.
 (JULIANA CANCIO/DIVULGAÇÃO)
(JULIANA CANCIO/DIVULGAÇÃO)

A Ananda Cia. de Dança Contemporânea estreia nesta sexta (25) o espetáculo “Cartas para Irene”, uma criação de dança e teatro que fala sobre memória e saudade e se estrutura a partir de cartas escritas pelo dançarino e ator Oscar Capucho à sua mãe, falecida em abril de 2012.

Capucho ficou cego aos 9 anos devido a um descolamento de retina. Neste espaço-tempo que marca a transição entre o mundo permeado por imagens e um outro, no início obscuro, permeado de incertezas, Oscar descreve com muita emoção o papel que Irene, sua mãe, teve em sua vida.

Com direção de Anamaria Fernandes e co-direção de Duna Dias, o espetáculo terá apresentações sexta, às 20h; e 26, sábado, às 19h.  Será disponibilizado acessibilidade de audiodescrição e tradução em libras. O acesso é gratuito pelo canal da companhia no YouTube

“Cartas para Irene” nasceu de uma conversa entre Oscar e Anamaria, quando o artista conta sua história e apresenta, com emoção, as marcas de Irene em sua trajetória. A diretora, então, propôs que o artista escrevesse cartas à mãe durante seis meses. Este é o princípio norteador e fundante da  criação da montagem.

O processo de escrita teve início no mês de julho de 2020. As cartas, guardadas individualmente em envelopes selados, foram abertas de maneira aleatória. Cada carta, de conteúdo desconhecido pela diretora e assistente, instigou processos de improvisação nos quais o artista, na revelação do íntimo que a carta trouxe, transitou entre a escrita e a dança. 

“Nós buscamos fazer uma criação que captasse os sentimentos, as lembranças e emoções  contidas nas cartas, de forma não literária. Trouxemos as palavras para o universo da dança, como matéria a ser esculpida pelo corpo, como um mergulho dentro do corpo. O atravessamento dessas emoções foi um processo difícil e delicado. Mas acredito que deste quarto íntimo, conseguimos criar algo sensível, tocante e compartilhável”, explica a diretora. 

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