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Na semana passada, quando “Cinquenta Tons de Cinza” estreou nos cinemas, a crítica foi unânime em dizer que a trama do filme não era boa, nem as cenas eram tão quentes quanto o público esperava. Muitas das partes picantes do best-seller de Erika Leonard James foram deliberadamente censuradas. Caso você não queira perder a viagem, saiba que na história do cinema há inúmeros exemplos de filmes muito bons, com cenas verdadeiramente excitantes. Selecionamos dez obras de alto nível, nos dois sentidos. “Lua de Fel”, de Roman Polanski Aqui não há cenas muito explícitas, mas a sensualidade está presente em todo o filme – graças à incrível beleza da protagonista Emmanuelle Seigner. A trama gira em torno de Nigel (Hugh Grant), que em um cruzeiro fica encantado pela francesa Mimi, casada com Oscar (Peter Coyote), um homem preso a uma cadeira de rodas. Nigel descobre a história de amor, sexo e humilhação que marcou a relação daquele casal.
“De Olhos Bem Fechados”, de Stanley Kubrick OK, não está na lista das obras-primas de Kubrick, mas o último título da filmografia do gênio também é bastante interessante. Nos tira do padrão de cenas de sexo entre duas pessoas pessoas que se desejam e nos leva a um universo totalmente novo – de rituais de um grupo secreto. Impossível não se sentir instigado. Ah! Não podemos nos esquecer que o filme foi feito com dois queridinhos do cinema americano, na época casados: Tom Cruise e Nicole Kidman.
“Ninfomaníaca”, de Lars Von Trier O cineasta mais provocativo da contemporaneidade realizou um filme de duas partes recheado de cenas de sexo impactantes. Protagonizado por Charlotte Gainsbourg, o filme mostra as aventuras de uma mulher se autointitula ninfomaníaca. Como qualquer filme de Von Trier (“Dogville”, “Dançando no Escuro”, “Anticristo”), trata-se de um longa-metragem que merece uma boa reflexão depois da sessão.
“Atração Fatal”, de Adrian Lyne Quando estreou nos cinemas, em 1987, o filme chamou muita atenção para a cena de sexo intenso entre Michael Douglas e Glenn Close. Uma cena fundamental para toda trama que se segue, sobre uma mulher insana que persegue o homem adúltero e sua família. Impossível não roer unhas frente à feição de loucura da ótima Glenn Close.
“O Último Tango em Paris”, de Bernardo Bertolucci Se o assunto sexo surgir em uma rodinha de cinéfilos, certamente alguém vai se lembrar da cena da “manteiga” de “O Último Tango em Paris”, um clássico de Bertolucci. Protagonizado por Marlon Blando e Maria Schneider, o filme foi desenvolvido pelo diretor italiano a partir de suas fantasias eróticas: como seria fazer sexo com a bela mulher que passava por sua rua todos os dias, sem conhecê-la? Bertolucci, importante lembrar, também tem outro filme com cenas eróticas bem interessantes e um tantinho polêmicas: “Os Sonhadores”.
“Fome de Viver”, de Tony Scott O filme sobre vampiros ganhou tom de “cult”, especialmente por ser estrelado por duas figuras importantes da cultura pop mundial: a atriz Catherine Deneuve (elevada a símbolo sexual após estrelar “A Bela da Tarde”, de Luis Buñuel) e David Bowie. A cena mais marcante do filme é uma relação lésbica (muito bem fotografada) entre Deneuve e Susan Saradon.
“Cidade Baixa”, de Sérgio Machado O filme conta com três estrelas do cinema brasileiro do século 21: Alice Braga, Wagner Moura e Lázaro Ramos. O filme gira em torno de dois amigos que vivem de pequenos delitos e se envolvem com uma stripper/prostituta. Não há cenas longas de sexo, mas transborda sensualidade nos momentos em que Alice contracena com os dois colegas.
"Instinto Selvagem”, de Paul Verhoeven Muito se falou, nos anos 90, da cruzada de perna da Sharon Stone (a mulher mais sexy daquela década), mas as pessoas se esquecem de dizer que “Instinto Selvagem” vai além da sexualidade da atriz e é um filme que realmente prende a atenção do espectador. Tem suspense e muito erotismo, uma combinação perfeita. Na mesma época, Sharon também protagonizou cenas quentes em “Invasão de Privacidade”, mas esse filme não possui a qualidade cinematográfica do longa de Verhoeven.
“A Dama da Lotação”, de Neville d'Almeida Nos anos 70, houve uma enxurrada de filmes brasileiros com cenas de sexo excitantes (algumas vezes, até demais). O dramaturgo Nelson Rodrigues era a principal fonte para os roteiros. Boa parte de suas criações renderam filmes de sucesso, como “A Dama da Lotação” (título fundamental na carreira de Sônia Braga), “Os Sete Gatinhos” e “Toda Nudez Será Castigada”.
“O Império dos Sentidos”, Nagisa Oshima Boas cenas de sexo não se restringem à produção ocidental. “O Império dos Sentidos” é um drama erótico japonês que deu muito o que falar nos anos 70 por conter cenas bastante realistas de sexo (com direito a algumas perversões bem inusitadas).