Corpo do ator Cláudio Cavalcanti será cremado na terça-feira no Rio

Diana Brito e Denise Luna - Folhapress
30/09/2013 às 11:17.
Atualizado em 20/11/2021 às 12:54

RIO DE JANEIRO - O corpo do ator Cláudio Cavalcanti deve ser cremado na terça-feira (1º), às 13 horas, no cemitério Memorial do Carmo, no Caju, zona portuária do Rio.

O artista morreu aos 73 anos, no final da tarde de domingo (29), por complicações cardíacas, após uma operação na coluna cervical, no Hospital Pró-Cardíaco de Botafogo, zona Sul carioca.

O velório está previsto para acontecet a partir das 9 horas da terça, na capela oito do Memorial do Carmo. Atualmente, Cavalcanti ocupava o cargo de secretário municipal de Promoção e Defesa dos Animais do Rio.

Ele estava internado desde o dia 16 no hospital Pró-Cardíaco. Carioca, era casado com Maria Lucia Frota Cavalcanti.

A morte do ator ocorreu às vésperas de uma volta dupla à TV. No dia 7, no GNT, estreia a segunda temporada de "Sessão de Terapia", na qual ele fez o papel de Otávio, empresário com síndrome de pânico; e hoje, no canal Viva, começa a reprise da novela "Água Viva" (1980), em que ele deu vida a Edir.

"Ele veio com muita humildade e muita fome", disse à Folha de S.Paulo o produtor de "Sessão de Terapia", Roberto D'Ávila. "Parecia um garoto de 17 anos em seu primeiro trabalho." O diretor do programa, Selton Mello, disse que a nova temporada de "Sessão de Terapia" será dedicada a ele.

"Era um grande ator, deixou um trabalho extraordinário. É uma lástima que ele não tenha visto esse trabalho pronto, era um recomeço para ele. Isso tudo foi muito súbito e muito surpreendente", disse Mello. "Uma das coisas que me chamaram mais atenção era a disponibilidade física dele. Ele estava ali como um menino, com uma vontade de fazer bonito."

Um dos seus personagens mais marcantes na TV foi Jerônimo, um dos três protagonistas da novela "Irmãos Coragem" (1970), ao lado de Tarcísio Meira e Cláudio Marzo.

A novela é a segunda melhor na lista de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, encabeçada por "Roque Santeiro" (1985), na qual Cavalcanti também se destacou no papel do padre Albano.

Boni lembra com carinho do ator. "Nós trabalhamos em "Irmãos Coragem", era uma pessoa muito doce, um ser humano especial, muito comunicativo e carinhoso, profissional irrepreensível."

Ele recordou que o ator participou da primeira série da televisão brasileira, "22-200 Cidade Aberta" (1965).

O ator Osmar Prado foi surpreendido pela notícia. Ele atuou e produziu com Cavalcanti a peça "Era Uma Vez nos Anos 50", no final da década de 1980. "Fizemos sucesso, e o Cláudio ganhou prêmio. É uma grande perda. Parece que a geração dele está indo, há pouco tempo [em 2012] foi o Marcos Paulo."

"Lamentavelmente ele estava na carreira política e um pouco afastado da TV, mas era muito culto, muito preparado", elogiou Prado.

Conhecido por sua luta em defesa dos animais, Cavalcanti foi vereador por dois mandatos seguidos (2000-2008). Eleito suplente de deputado estadual pelo DEM em 2006, assumiu o cargo em 2008, após a cassação do deputado Natalino Guimarães.
   

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por