Cultura mineira e memórias: contos de Jorge Dikamba serão lançados dia 29

Jéssica Malta
18/06/2019 às 09:37.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:09
 (Jahi Amani / Divulgação)

(Jahi Amani / Divulgação)

Da Babilônia às águas do lago do Parque Municipal de Belo Horizonte. São vários os lugares explorados pelo escritor, compositor e cantador Jorge Dikamba em “Memorial”, obra que lança no próximo dia 29, na capital. 

Embora caminhe por diferentes territórios do Brasil e do planeta, o autor explica que os contos trazem algo em comum: a mineiridade. “Não importa se a história se passa do outro lado do mundo. Em algum ponto sempre haverá uma ligação com Minas”, diz. 

Aliás, esse tempero mineiro na obra é o que tem caracterizado a produção recente do artista. “Estou vivendo a minha fase mineira, de exaltar as coisas daqui. Fiz o disco ‘Cantorias, Folguedos e Quintais’, que traz a cultura popular mineira com um olhar meio rococó, do colonial mineiro, mas também com uma influência rural muito forte”, conta. 

O trabalho musical é remetido também ao longo de alguns contos do livro “Memorial”. Neles, o autor traz canções entoadas ou apreciadas pelos personagens. “Faço isso porque a música tem o poder de encantar e dar uma nova atmosfera à obra”, diz Dikamba.

Além da cultura mineira, o autor destaca o tempo como outra figura importante na obra. “Está ali permeando as histórias e costurando. É quase uma personagem no livro”, explica.

A exaltação às coisas de Minas não acontece por acaso. Para o autor, o trabalho é uma forma de contribuir para o engrandecimento da cultura do Estado. Para isso, ele aposta na distribuição de exemplares em bibliotecas públicas e comunitárias. 

“Um dos meus objetivos é que ele alcance também o leitor que não tem condições e aqueles que não têm acesso. Estamos buscando parcerias e fazendo com que chegue a diferentes cidades mineiras”. 

O trabalho musical também está presente em alguns contos. Neles, o autor traz canções entoadas ou escutadas pelos 
personagens

Contos
O livro, batizado como um conto homônimo do autor, também mergulha em algumas das memórias de Dikamba. Uma delas está no conto “Farinha Seca”, o favorito do escritor. “Narra uma passagem da minha infância. É um conto pequeno e é também, na visão de um amigo, uma homenagem a Guimarães Rosa”. 

Jorge Dikamba lança “Memorial” em 29 de junho, às 11h, no Memorial Vale (Praça da Liberdade, 640 – Funcionários). Entrada gratuita.

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