Dança ‘invade’ parques e praças de Belo Horizonte

Pedro Artur - Hoje em Dia
15/04/2014 às 06:48.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:07
 (Divulgação)

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A dança vai invadir os principais espaços públicos de Belo Horizonte nos próximos dias. E a escolha para estreia da intervenção urbana “Parquear”, do grupo de pesquisa Dança Multiplex, não poderia ser mais emblemática: o Parque das Mangabeiras, nesta quarta-feira (16), às 9h30, e a Praça da Liberdade, quinta-feira (9h30) e sábado (16h). O Parque Municipal também receberá a performance, assim como a Praça 4 Elementos, em Nova Lima (confira datas e horários no quadro ao lado). Sempre com entrada franca.

Margô Assis, uma das integrantes do grupo, considera vital, para a proposta, essa troca com o público. “É importante criar esse ambiente de troca com quem está assistindo e quem está fazendo – no caso, nós. No final, a gente propõe uma experimentação às pessoas, uma espécie de oficina. Como é colocar o bambu na cabeça para equilibrar, tecidos...”, explica.

Além de Margô, a intervenção urbana conta com as participações das dançarinas Renata Ferreira e Thembi Rosa e das convidadas Kênia Dias, Karina Collaço e Heloisa Domingues, com texto de Vera Lúcia Dias.

O “Parquear” tem a estrutura de um percurso estabelecido a partir da escolha de um local, com diversas ações das dançarinas, em conexão com os locais das apresentações.

Escolas públicas

Margô ressalta a importância da presença e participação das pessoas, especialmente de alunos das escolas públicas próximas das performances. Como forma também de conscientização desse cuidado que se deve ter com esses espaços.

“A gente está em contato com algumas escolas para que levem as crianças, principalmente as que estudam nas imediações desses parques, e não apenas quem frequenta. Estamos fazendo essa parceria com as escolas públicas, pois são as que precisam por não terem, às vezes, condições de pagar ingresso para o teatro”, destaca.

A artista diz que a ideia de ocupação desses espaços públicos surgiu de uma pesquisa no Parque das Mangabeiras. “A primeira inspiração veio do Parque das Mangabeiras, de uma pesquisa na escola pública”, diz a dançarina, acrescentando outro lado: o da sobrevivência. “É uma estratégia de sobrevivência, porque não precisa de uma equipe técnica, luz e som. Cada ambiente tem sua configuração própria”.  

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