De Belo Horizonte para Los Angeles, no rastro de Michael Jackson

Patrícia Cassese - Hoje em Dia
30/01/2015 às 08:54.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:50
 (Ricardo Walker)

(Ricardo Walker)

“Com certeza, determinação e foco”, responde, de pronto, Ricardo Lima Bento Neto, ao ser instado a listar as características mais marcantes da própria personalidade. “Quando quero algo, dou um jeito de conseguir”, diz o jovem mineiro, de apenas 21 anos, que se tornou conhecido como Ricardo Walker, inclusive no mundo virtual – os vídeos dele no YouTube, cumpre dizer, bombam em views. Hoje morando entre o Brasil e os Estados Unidos, mais precisamente, em Los Angeles, ele batalha pelo visto que irá credenciá-lo a dar continuidade à carreira nas terras do Tio Sam.
Precoce, Ricardo começou a dar sinais de talento aos 5 anos, quando passou a imitar o ídolo, Michael Jackson. Mas as performances então restritas ao núcleo familiar assumiram ares mais sérios com a morte do “Rei do Pop”, em 2009. Foi quando o adolescente decidiu postar um vídeo em homenagem a “Jacko” na web, que acabou tendo excelente feedback. Logo, vieram as apresentações em eventos, já como um aplaudido cover.
Em 2010, o belo-horizontino teve a prova definitiva de que estava no caminho certo: foi convidado pela equipe de Joseph Jackson (ninguém menos que o pai do mito) para acompanhá-lo na turnê de divulgação do livro “O Que Realmente Aconteceu a Michael Jackson?”, em cidades como São Paulo e Florianópolis, além, claro, da capital mineira.
Depois de uma experiência com o taxista Jean Carlos, com o qual formou a dupla “The Walkers” (Jean como cantor, Ricardo como dançarino), Ricardo voltou a focar a carreira solo. E o passo seguinte foi aceitar o convite para a turnê “Star Walker”, no navio de cruzeiro Grand Mistral, que singrou a Europa e America Latina, realizando 30 shows em tributo ao ídolo.
Foi graças ao incentivo do irmão, o diretor, ator e roteirista César Raphael, de 29 anos, que Ricardo resolveu tentar a sorte nos EUA. Os pais deram o aval e Ricardo de cara foi cooptado pelo mundo que se descortinou à frente dele.
“Me senti completamente acolhido, e minhas expectativas foram plenamente correspondidas”, diz o jovem, que só tem elogios à meca de muitos artistas, Los Angeles. “Até no trânsito se nota o respeito. Além disso, é o lugar ideal para quem optou pelo caminho da dança. De lá saíram os dançarinos que acompanham nomes como Beyoncé ou Justin Timberlake”.
Timberlake, aliás, é um dos ídolos do belo-horizontino, ao lado de Bruno Mars. “São artistas completos. Timberlake mais ainda, pois também é ator”, avalia. E, não, ele não teme a concorrência – acirrada. “Há muitos profissionais, mas, também, muitas oportunidades”, reitera.
Atualmente, Ricardo trabalha com uma representante brasileira. “Tenho feito muitas apresentações, como cover de Jackson, em empresas”. Mas o que tem mais amplificado o poderio dele é o “velho” e bom YouTube.
Só para se ter uma ideia, o vídeo “Beat it Dubstep”, com o dançarino de Popping/ Animation Poppin John, tem mais de 1, 5 milhão de views no canal de Ricardo e mais de 1 milhão no de John, superando a marca de 2,5 milhões no YouTube. Alguém aí ainda tem dúvidas de que esse rapaz vai longe?

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