De olhos abertos, belo-horizontinos meditam em plena Praça 7

Thais Oliveira - Hoje em Dia
23/07/2015 às 15:18.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:03
 (Frederico Haikal/Hoje em Dia)

(Frederico Haikal/Hoje em Dia)

Do lado de fora, uma confusão de sons. Dentro, uma voz suave tenta transmitir tranquilidade. Incensos e uma luz branda ajudam a recriar um ambiente de paz. A contradição não poderia ser maior, afinal, como ter serenidade em meio à Praça 7? Os instrutores da Organização Internacional Brahma Kumaris garantem que é possível por meio da Raja Yoga, uma das modalidades da meditação. Com a campanha “Medita BH”, a instituição oferece gratuitamente, desde às 9h desta quinta-feira (23), um curso básico para começar os exercícios. E quem esteve lá, confirma: dá para ter uma boa experiência mesmo no caos.    “Esqueci tudo que estava a minha volta e de todos os problemas. Estou muito calma”, afirma a estudante Thays Lacerda Sanabria, 16 anos. Ela foi, nesta tarde, com a mãe, Adriana Lacerda Sanabria, 47 anos, conferir a tenda da Brahma Kumaris, a convite de uma tia, que pratica meditação há mais de 10 anos. “Foi a primeira vez que meditamos e foi uma experiência muito boa. Mais tarde, vamos ao Cine Theatro Brasil para saber mais sobre o assunto”, diz Adriana, ao se referir à palestra “Os segredos da meditação fácil”, com Ken O'Donnell, coordenador da Brahma Kumaris na América do Sul, que será realizada logo mais, às 19h30.   MÃE E FILHA - Adriana e Thays Lacerda Sanabria dizem que tiveram experiência de paz. Foto: Frederico Haikal/Hoje em Dia   A instrutora de Yoga aposentada Terezinha Marlene Marques, de 79 anos, conta que é adepta da Raja Yoga há aproximadamente 33 anos. No entanto, raras vezes ela havia meditado em um ambiente de tanto barulho e, após a experiência, dá o veredito: “foi muito bom, senti muita paz. Meditar sozinho não é a mesma coisa. Acho uma pena Belo Horizonte não ter sempre meditação assim, na praça”, avalia.     De olhos bem abertos Diferentemente de outros tipos de meditação mais conhecidos, na Raja Yoga não é preciso sentar-se na posição de lótus (com as pernas cruzadas e com os pés nas coxas), nem manter os olhos fechados. Ao contrário, a proposta é ficar com os olhos abertos e na posição que achar mais confortável, inclusive, pode-se ficar de pé. Nesta quinta-feira, quem esteve na tenda da Brahma Kumaris, sentou-se numa cadeira.    A educadora física Andrea Vitoriano, 37 anos, que já havia meditado da maneira mais tradicional, diz que não só aprovou a Raja Yoga, como achou a mesma melhor do que outras modalidades já praticadas. “Acho mais difícil meditar na posição e lótus. Valeu muito ter vindo hoje. Aproveitei o meu horário de almoço para dar um pulinho aqui e, neste pouco tempo, consegui me desligar de tudo. Senti leveza e estou saindo mais tranquila para continuar a trabalhar”, afirma.   Andrea Vitorino aprovou a Raja Yoga - "Senti leveza". Foto: Frederico Haikal/Hoje em Dia   Sobre o projeto   Desde 1937, a Organização Internacional Brahma Kumaris trabalha pelo desenvolvimento e evolução espiritual das pessoas. A instituição realiza cursos, seminários e retiros sobre diversos temas ligados à qualidade de vida, valores humanos e meditação. Com sede internacional em Mont Abu, na Índia, a instituição tem mais de 30 escolas no Brasil e cerca de 8.500 sedes em todo o mundo.   Nas escolas da Brahma Kumaris, a meditação está conectada à Raja Yoga, que não envolve posturas físicas, rituais ou cânticos. Trata-se de uma prática de acalmar a mente por meio da criação consciente de pensamentos positivos.  

Tenda da Brahma Kumaris, na Praça 7 - Imagens e voz vindas de televisores transmitem tranquilidade e ajudam os participantes a meditar. Foto: Frederico Haikal/Hoje em Dia

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