Divulgada a programação da Virada Cultural de BH; Confira

Vanessa Perroni
vperroni@hojeemdia.com.br
29/06/2016 às 16:00.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:06
 (Paolo Giron / Divulgação)

(Paolo Giron / Divulgação)

Nesta quarta-feira (29), foi divulgada a programação da 4ª edição da Virada Cultural de Belo Horizonte. A maratona de 24 horas de atividades culturais acontece entre os dias 9 e 10 de julho. Elza Soares, Criolo, Lenini, Sandra de Sá, Chico César e Renegado são alguns nomes que integram a grade, que traz cerca de 500 atrações de diferentes expressões artísticas e se espalham por 15 palcos na cidade.

Esta edição chega com a proposta de voltar o olhar para a rua e reforçar a cultura no espaço público. "Uma mostra disso é que a abertura ocorre com shows de hip hop, intervenção de grafiteiros e outras expressões que dialogam com a arte de rua", ressalta o presidente da Fundação Municipal de Cultura, Leônidas Oliveira. O número de artistas locais aumentou 11% em relação ao ano passado, com 145 ações. "São artistas transgressores como Ed Marte, Renegado e tantos outros. A nossa vontade é fazer transgressão para alcançarmos a paz. Belo Horizonte mostra a cada dia que sabe lidar muito bem com o diferente, e precisamos reforçar isso", justifica.
 
Apesar da crise, Leônidas afirma que não encontraram tantas dificuldades para colocar esta edição na rua, como ocorreu no primeiro ano da Virada Cultural. "O evento só cresceu e mostrou ser uma vitrine de artistas e também um produto turístico da cidade agregando vários parceiros", comemora. Dentre as parcerias antigas está o Sesc que, como no ano passado, chega com uma programação especial no Sesc Palladium com mais de 40 atividades. Destaque para o espetáculo "Pra dar um Fim no Juízo de Deus", como o renomado dramaturgo Zé Celso. Outro ponto alto é o show “A Mulher do Fim do Mundo”, da cantora Elza Soares.
 
A apresentação de Elza Soarez na Virada Cultural será registrada e fará parte de um DVD que a artista prepara para ser lançado até o final deste ano. "Tenho uma relação muito íntima com Belo Horizonte. Antigamente ia fazer show e depois saía para os bares e praças. Tenho muitos amigos espalhados aí. É uma felicidade estar na programação da Virada Cultural e gravar o show para entrar no meu DVD. Não poderia ser diferente", afirma Elza.
 
Dentre as novas parcerias estão a CUFA (Central Única de Favelas) que traz o rapper Dexter que abre as atividades do Palco Praça da Estação no sábado (9/7). O Festival Sarará, realizado pela produtora Macaco Prego, chega para cuidar da programação no Parque Municipal e trazem Baianas Ozadas, Lenine e Sandra de Sá. "O Festival Sarará e a Virada Cultura são dois produtos que falam a mesma língua, então essa parceria é muito natural e pra gente acaba sendo uma vitrine", comenta a sócia-diretora da Macaco Prego, Izabela de Magalhães.
 
Para Geo Cardoso e Heleno Augusto, integrantes do grupo Baianas Ozadas, a Virada Cultural se tornou um dos mais importantes festivais da capital mineira. "Ele é o grande interlocutor dos artistas de BH com artistas de outras cidades e o público. Não temos uma vitrine como o eixo Rio / São Paulo. E a Virada cumpre esse papel e tira a cidade da sua rotina", afirma Géo Cardoso que participou de todas as edições do evento com o grupo.
 
Outra novidade é que a Praça da Rodoviária vai receber performances audiovisuais e instalações. Além do Palco Itinerante, uma intervenção que ocupará diferentes espaços da cidade. E as crianças não ficam de fora da programação. Esse ano dobrou o número de atrações infantis, a Viradinha terá mais de 80 atrações. "Precisamos apostar nas crianças para ver se algo muda no país. E acreditamos que a arte é um importante instrumento de transformação", finaliza Leônidas.
 
Mobilidade
Em 2016, a Fundação Municipal de Cultura repete a parceria com a BHTrans, por meio do Programa PedalaBH, e garante ciclovias operacionais para a população durante a Virada. Ela terá aproximadamente 5 km e será criada com equipamentos móveis de sinalização, como cones, balizadores e faixas, interligada à rede cicloviária da área central. Com isso, espera-se permitir o fácil acesso e a circulação segura de ciclistas aos palcos e equipamentos culturais do evento. As linhas de ônibus que ligam os bairros ao centro da cidade vão funcionar em horário estendido com um intervalo menor entre as viagens.
 
Quanto a segurança, Lêonidas Oliveira comenta que o evento vai contar com cerca de 1.500 policiais e seguranças particulares. "Em todos os anos a média de ocorrência permaneceu a mesma, cerca de 60. Um número menor que as ocorrências registradas em finais de semana normais na cidade", garante.

Clique aqui para conferir a programação completa.
 
Serviço:
4ª edição da Virada Cultural de Belo Horizonte. Dias 9 e 10/7. Sábado, a partir das 19h, e domingo. Gratuito

  

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