Documentário resgata memória de Fidalgo e Quinta do Sumidouro

Pedro Artur - Hoje em Dia
07/07/2014 às 08:02.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:17
 (Normandes Felipe)

(Normandes Felipe)

Marlene da Trindade ajuda a preservar a cultura de Fidalgo, em Pedro Leopoldo, por sua atuação como rainha e presidente da Guarda de Congado Nossa Senhora do Rosário e Candombe, cargos que ocupa há 22 anos. Vanessa Maria Soares Lopes em seu dia a dia também contribui para a manutenção da memória e história do distrito de Quintas do Sumidouro, situado na mesma cidade na região central de Minas.   As histórias dessas mulheres se entrelaçam com as de outros moradores desses lugares que serviram de base para o documentário “Memória Viva – Quinta e Fidalgo”. O filme, que já foi exibido para a população local, voltará a ser mostrado aos moradores dia 29 de agosto.   A coordenadora educativa e diretora-executiva do Museu da Pessoa (localizado na capital paulista), Sônia London, diz que é importante para os moradores conhecerem sua própria história.   “O projeto é uma parceria do Museu da Pessoa, que realizou o documentário, do InterCement (empresa do grupo Camargo Corrêa e que mantém uma fábrica de cimento em Pedro Leopoldo) e do Instituto Camargo Corrêa. Nos propuseram o projeto de registro da memória desses dois lugares (Fidalgo e Quinta do Sumidouro), perto do Parque do Sumidouro. Tem muitos moradores mobilizados pela construção do parque. Acabou-se também aproveitando a festa de Congado, que acontece em setembro”, explica.     Memória Afetiva   Aos 54 anos, Marlene da Trindade se diz realizada. “Para mim, (o documentário) significa que o congado não vai morrer. Vai dar oportunidade para outros na busca por cultura. É importante manter essa cultura viva”, diz, acrescentando: “a partir do filme, já querem montar outra guarda de congado; é a valorização do congado”, avalia.   Vanessa Lopes, 30 anos, também tem uma história íntima com a região, e a cultura dos moradores. “É necessário resgatar a memória de Quintas do Sumidouro, de um passado rico. Essa região foi palco de atuação dos Bandeirantes há 300 anos. Além disso, procuramos mostrar também a sua identidade cultural, por meio do congado, que está, por exemplo, presente na minha família desde a primeira geração até hoje”, ressalta Vanessa, que trabalha como guia no Parque Estadual de Sumidouro, a cerca de 20 quilômetros de Belo Horizonte.

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