(Fox/Divulgação)
O Oscar poderá consagrar, neste domingo (22), dois diretores oriundos do cinema independente americano da década de 90 que já mereciam ganhar o seu troféu na categoria: Richard Linklater, de “Boyhood – Da Infância à Juventude”, e Wes Anderson, que assina “Grande Hotel Budapeste”. Não por acaso, seus filmes apresentam narrativas muito diferentes em relação aos concorrentes, exibindo um humor estranho, no caso de “Grande Hotel Budapeste”, e uma pegada quase documental ao acompanhar o crescimento dos personagens em tempo real, visto em “Boyhood”. Linklater ganhou destaque internacional em 1995, com “Antes do Amanhecer”, um romance agridoce que ganhou duas sequências. Ele comandou produções mais caras e comerciais, como o divertido “Escola do Rock”, ao mesmo tempo que desenvolveu projetos pessoais envolvendo animação, como “Waking Life” e “A Scanner Darkly”. Já Wes Anderson nunca abandonou seu estilo de comédia que flerta com o realismo fantástico e a fábula infantil, mostrada pela primeira vez em “Pura Adrenalina”, de 1996. Também trabalhou com animação, em “O Fantástico Sr. Raposo”, mas nunca aceitou uma produção que não fosse de sua autoria. Tanto Linklater quanto Anderson são novatos entre os concorrentes à melhor direção, apesar de terem sido indicados em outras categorias. A dupla foi lembrada pelos roteiros de “Os Excêntricos Tenenbaums” e “Moonrise Kingdom”, escritos por Anderson, e “Antes do Pôr-do-sol”, de Linklater, sem levar a estatueta para casa.