Ed Motta mergulha no jazz e soul em novo disco

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
10/04/2016 às 16:02.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:52
 (Divulgação)

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Se alguém reclama por Ed Motta não cantar mais as canções suingadas que foram parar nas rádios, é porque não conhece o trabalho bacanérrimo que o artista desenvolve na área do jazz. Alguma dúvida? Ouça “Perpetual Gateways”, o 12º trabalho do artista que acaba de chegar às plataformas digitais.

Trata-se de um trabalho diverso, com arranjos elaborados que trafegam pelo soul, jazz e o rock progressivo. As gravações foram feitas na Califórnia, com produção de Kamau Kenyatta – produtor do primeiro álbum de Gregory Porter.
“Foi um disco construído de uma maneira muito espontânea, com uma grande influência do jazz. O interessante é que os músicos tiveram grande importância. Contei com gerações bem diferentes do jazz, como Hubert Laws, um flautista de 80 anos, e outros artistas bem jovens”, diz Ed Motta.

Em inglês

Mesmo que a referência seja o jazz e a língua usada seja o inglês, o músico garante que as suas muitas referências brasileiras estão presentes no álbum. “Eu vi algumas pessoas comentando que este é um álbum para gringo ouvir. Mas a música ‘Forgotten Nickname’, por exemplo, tem uma grande influência de Edu Lobo, que é um dos compositores que mais admiro”, afirma o músico. “A harmonia da música brasileira está presente no meu trabalho. Essa referência vai além da língua portuguesa”.

Cantar em língua inglesa abre portas para o artista. Tanto que Motta viaja em breve para a Europa para uma turnê intensa de 45 dias por vários países. O fato de ter um apartamento alugado em Berlim facilita a circulação, mas ele garante que é morador do Rio de Janeiro e faz questão de curtir a cidade natal. Suas turnês pelo exterior são mais comuns do que pelo Brasil por uma questão de demanda, ele garante.

Sobre a polêmica causada há um ano por postagens no Twitter, sobre brasileiros que não acompanham sua carreira e pendem “Manoel” nos shows, ele faz o mea-culpa. “Aquilo foi muito ruim, não teria feito se soubesse que tomaria tão grandes proporções. Mas a vida está aqui para isso mesmo, que venha o próximo erro”, reconhece o artista.

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