Elenco dá sotaque mineiro em adaptação de obra de Maquiavel

Vanessa Perroni - Hoje em Dia
21/01/2015 às 07:44.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:44
 (Naum Produtora)

(Naum Produtora)

Levar para os palcos uma adaptação “amineirada” do clássico “A Mandrágora”, de Nicolau Maquiavel, era um anseio antigo de Yuri Simon. Em parceria com o ator e produtor Marko Novaez, o diretor estreou em 2013 o espetáculo “A Mandioca Brava”, que ganhou contornos diferentes da obra do italiano, escrita em 1518, e retorna aos tablados, nesta quarta-feira (21), pela Campanha de Popularização do Teatro e da Dança.
“Os fins justificam os meios”, a máxima do autor italiano, dá o tom da trama que retrata as artimanhas de um homem da capital na tentativa de conquistar o coração de uma mulher casada do interior.
Para Yuri, o enredo que trata de manipulações é atemporal, portanto sua transposição para o universo mineiro não encontrou grandes dificuldades. “Foi um processo coletivo. O que muda são os locais e a linguagem”, comenta.
Calcado na cultura popular mineira, o cenário de Heleno Polisseni reproduz o clima interiorano. A trilha sonora de Leo Mendonza, executada ao vivo pelos sete atores, se vale de elementos de canções populares e regionais.
A maquiagem é inspirada na pintura das cerâmicas do Vale do Jequitinhonha. O artesanato mineiro foi utilizado de forma inusitada pelo artista plástico Alexandre Colla para compor o figurino. “Esse espetáculo é pura cultura mineira. Pegamos todas as referências”, conta o diretor.
Simon pretende “amineirar” o clássico “A Megera Domada”, de Shakespeare.
“A Mandioca Brava” no Grande Teatro do SESC Palladium (rua Rio de Janeiro, 1046, Centro). Nesta quinta-feira (22) e sexta, às 21h. No Cine Theatro Brasil Vallourec (Praça 7 – rua dos Carijós, 258, Centro), no dia 4/3, quarta, às 21h. R$ 15 (postos Sinparc).

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