Eletronika 2017 começa nesta quinta-feira, com foco no hip hop

Lucas Buzatti
lbuzatti@hojeemdia.com.br
04/10/2017 às 17:33.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:04
 (Renato Stockler/Divulgação)

(Renato Stockler/Divulgação)

Em 2017, o Eletronika atinge a “maioridade” ao chegar à sua 18ªedição. Um dos eventos mais emblemáticos da agenda cultural de Belo Horizonte, o festival de novas tendências musicais começa nesta quinta-feira (5) e vai até o dia 26 de outubro, n’A Autêntica. Focada no hip hop, a programação deste ano abre com os shows do paulistano Rincón Sapiência e dos mineiros Kdu dos Anjos e Tamara Franklin.

No dia 11, é a vez de Tantão e Os Fita dividirem a noite com o coletivo Posse Cutz, enquanto, no dia 19, quem se apresenta são os rimadores Edgar, Matéria Prima, Hot Apocalypse e Zaika dos Santos. Já o encerramento, no dia 26, fica por conta de Linn da Quebrada, Ohanna, Azizi e Vaca Verde Boi Vuando. Nos três dias, além dos shows, acontecerão debates que vão discutir a produção de cultura nos meios alternativos, o cenário da música urbana na cidade e a representatividade feminina.

Idealizador do Eletronika, Marcos Boffa assina a programação desta edição ao lado do produtor e jornalista Rafael Mendonça. “A cena do hip hop vive um momento muito interessante, e a ideia de trazer o festival para esse local tem a ver com esse potencial. É importante que o Eletronika possa ser uma plataforma para a fruição de ritmos urbanos da cidade”, afirma Boffa, refutando que o hip hop não se categorize dentro da música eletrônica. “Essa é uma visão rasa, deslocada. Existem diferentes recortes dentro da música eletrônica e o hip hop  é um deles”. 

Boffa lembra que a opção pelo recorte respeita, inclusive, o momento que BH vive com relação a outros segmentos. “Hoje, existe vários coletivos com  um trabalho bem legal em cima de outros recortes, como o techno e o house.Nomes como Masterplano e 1010, que já fazem isso bem melhor que nós. Por isso, também, optamos por abraçar outros caminhos”, defende.

A programação buscou, então, juntar nomes  do cenário nacional com representantes expressivos do hip hop mineiro. “Nossa intenção era ser o mais plural possível. Tem gente consagrada, gente começando, as moças, as LGBTQ. Está todo mundo lá”, afirma Rafael Mendonça, para quem hip hop e música eletrônica são “primos de primeiro grau que viveram de forma paralela”.

Rincón Sapiência concorda: “Muitas tendências atuais da música eletrônica partiram do rap, como o trap e o funk”, afirma o rapper, que apresenta seu recém-lançado álbum “Galanga Livre”. “Meus discos foram todos feitos em casa, a duas mãos. A música eletrônica democratizou essa produção, a periferia expandiu seu potencial criativo com ajuda da tecnologia”.

Serviço: Eletronika 2017. Nesta quinta-feira (5) e nos dias 11, 19 e 26 de outubro, a partir das 19h, n’A Autêntica (rua Alagoas, 1.172, Funcionários). A entrada é franca, mas os  ingressos já estão esgotados.

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