Em novo 'recomeço' na carreira, multifacetado Guilherme Schwab apresenta 'Tempo dos Sonhos'

Thiago Prata
@ThiagoPrata7
17/07/2020 às 15:43.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:03
 (Pedro Marques/Divulgação)

(Pedro Marques/Divulgação)

Pelo fato de ser instrumentista e já ter trabalhado com artistas das mais distintas vertentes, houve quem acreditasse que Guilherme Schwab colocaria nas prateleiras um álbum “cheio de guitarras”, como relata o próprio ex-integrante do Suricato. “Mas este é um disco de canções e que apresenta meu lado de cantor e compositor”, assinala.

“Tempo dos Sonhos” é considerado um novo start na carreira de Schwab, que fez sua estreia solo em 2013, com o álbum “Pangea”. “O novo trabalho é a pedra fundamental do que ainda está por vir”, define.

O debute não teve grande divulgação, em função das oportunidades que viriam a seguir, como se apresentar no programa “Superstar”, subir ao palco do Rock in Rio e faturar um Grammy Latino de melhor álbum de rock brasileiro, todas essas conquistas como integrante do Suricato. Posteriormente, trabalhou ao lado de nomes como Erasmo Carlos, Caetano Veloso, Ney Matogrosso, Pepeu Gomes, Tiago Iorc, Preta Gil, Carlinhos Brown, Paulo Miklos e tantos outros.

“Já contribuí muito com artistas e bandas, muitas vezes não só como guitarrista, mas também emprestando meu conceito artístico e minha sonoridade com vários instrumentos. E agora é o momento de dar prioridade ao meu próprio trabalho. Lançar algo solo é estar livre para experimentar e mostrar quem você é de fato, e estou muito feliz com esse novo momento”, destaca.Pedro Marques/Divulgação

Sonoridade

O violão é “o fio-condutor que ajuda a contar as histórias”, como enfatiza o compositor sobre a linguagem musical do disco, repleto de outras texturas. “’Hora e Lugar’ nasceu como balada e virou uma música mais pesada no arranjo, com ritmo mais acelerado. E ‘Vem’ nasceu com um riff pesado e, num primeiro momento, tinha referências nordestinas que não tem nada a ver com a balada pop a qual se transformou”, relata.

Além de quatro composições próprias, o EP apresenta uma versão para “Tocando em Frente” (Almir Sater e Renato Teixeira). Uma releitura que, em seu início, parece fazer menção a The Who. “Com certeza tem essa influência sim. Eu adoro The Who. Acho que tudo o que você ouve, de certa forma, acaba saindo no seu som. Essa versão ficou bem interessante. Felizmente tive a oportunidade de conversar com o Renato Teixeira. Ele ouviu e gostou do arranjo. Quando o compositor gosta da sua versão, parece que sai um peso das suas costas (risos)”, conta. Reprodução capa

Futuro

Se a divulgação de “Pangea” foi “prejudicada” em função da quantidade de oportunidades de sucesso que se sucederam, a de “Tempo dos Sonhos” se vê em baixa devido à pandemia do novo coronavírus, impedindo Schwab de excursionar pelo país. Nada que diminua a gana de Schwab de continuar a criar.

“Com certeza vem novos lançamentos por aí. Já tenho músicas novas para um novo trabalho, mas acho que lançarei alguns singles novos por enquanto. ‘Tempo Dos Sonhos’ acabou de nascer, ainda tem um caminho para ele trilhar antes de colocar algo novo para fora”, comenta.Pedro Marques/Divulgação

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