(Ana Cissa Pinto/divulgação)
Os brasileiros conhecem Emanuelle Araújo há mais de 16 anos, quando ela assumiu o vocal da Banda Eva, e especialmente por seus trabalhos como atriz na Rede Globo e vocalista do trio Moinho. Mas somente agora a artista lança seu primeiro álbum, “O Problema É a Velocidade” (Deck), em que explora as várias influências que recebeu na Bahia e no Rio de Janeiro, para onde se mudou há 13 anos.
Aqui estão composições de músicos variados, como Paulinho Moska, Celso Fonseca, Arnaldo Antunes, Alberto Continentino e Domenico Lancelotti, entre outros. “Quis realizar um trabalho que já estava na minha cabeça há muito tempo, mas que dependia da energia do momento”, afirma Emanuelle. “Fui atrás das pessoas e esperei pela surpresa que viria delas. No estúdio, com os músicos, ao fazer os arranjos, deixei brotar a verdade do momento”.
A artista se preocupou em trabalhar a alma da música popular brasileira em seu repertório – ela diz ser muito influenciada pela produção dos anos 1960 e 70 –, mas de uma forma diferente do que já havia feito nas bandas Eva e Moinho.
“Quando se está dentro de um grupo, você divide as opiniões com várias cabeças. Aqui eu não tive nenhum comprometimento com a festa, diferentemente do Moinho, que era uma banda que nasce da festa. No meu disco, eu me permito a melancolia. Me permiti mostrar todos os lados”.
A produção do álbum é do prestigiado Kassin, amigo que compartilha esse projeto há anos com Emanuelle, desde o momento em que ela se mudou para o Rio e pensou em gravar um trabalho solo. “Senti que era preciso experimentar mais antes de fazer um disco e Kassin continuou na minha vida. Tanto que ele produziu o disco do Moinho e me convidou para participar da Orquestra Imperial”.