Eminem recebe principal prêmio no "YouTube Music Awards"

AFP
04/11/2013 às 09:18.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:53
 (Divulgação)

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NOVA YORK - O site "YouTube", um peso pesado da indústria musical, concedeu no domingo (3) ao rapper Eminem o prêmio de artista do ano, na primeira edição do "YouTube Music Awards".

A cerimônia, exibida ao vivo pelo portal a partir do Pier 36 de Nova York, teve início com o grupo canadense Arcade Fire e a interpretação de "Afterlife" em um "vídeo ao vivo", com um coral de meninas.

Em seguida, Lady Gaga, sem o figurino exótico que a tornou famosa, interpretou uma canção anônima ao piano em um tom melancólico. Fotografias mostraram a enigmática artista aparentemente aflita no palco.

O "YouTube", que pertence ao gigante Google, deixou a organização do evento nas mãos do cineasta Spike Jonze, diretor de filmes como "Quem quer ser John Malkovich?". A apresentação ficou a cargo do ator Jason Schwartzman e do comediante Reggie Watts.

Jonze disse que desejava permanecer fiel às origens experimentais do site.

A premiação teve seis categorias: vídeo do ano, artista do ano, melhor resposta de um fã, fenômeno "YouTube", artista revelação e inovação do ano.

Os indicados foram selecionados de acordo com os vídeos mais assistidos, mais compartilhados e que receberam mais avaliações positivas no último ano, segundo o YouTube.

O prêmio de artista revelação parece ter atendido o desejo de Jonze: a dupla Macklemore & Ryan Lewis venceu com um vídeo gravado com US$ 5 mil e disponibilizado no "YouTube", com grande sucesso.

Apesar da presença de Miley Cyrus, PSY, Lady Gaga e Justin Bieber na categoria melhor vídeo, o prêmio foi para o grupo sul-coreano Girls' Generation com a canção "About a Boy".

Os vídeos indicados receberam mais de 1,9 bilhão de acessos antes da cerimônia de domingo, segundo o "YouTube".
    
Eminem recebeu o prêmio de melhor artista e interpretou "Rap God" no evento de Nova York, de maneira mais discreta que o habitual.

O momento mais controverso da festa foi um curta-metragem da atriz Lena Dunham, criadora da série da HBO "Girls", no qual um homem apaixonado, aparentemente com depressão, decide cometer suicídio com uma jovem que acaba de conhecer.

A decisão foi do público e a atriz elogiou a escolha, pouco depois do sangue das vítimas do suicídio simulado ter atingido os espectadores.

A violinista Lindsay Stirling, que teve a carreira impulsionada pelo "YouTube", venceu na categoria melhor resposta para vídeos que foram remixados ou parodiados por "Radioactive".

O prêmio de fenômeno do ano ficou com "I Knew you Were in Trouble", de Taylor Swift, e o de inovação com "Destorm Power", o 169º usuário com mais assinaturas no "YouTube" e cujos vídeos no site foram assistidos mais de 200 milhões de vezes.

O "YouTube" virou referência para a música, deixando para trás, por exemplo, a MTV, canal que acompanhou desde o início a criação dos videoclipes e que hoje tem sua popularidade abalada.

Em agosto do ano passado, a agência Nielsen divulgou uma pesquisa na qual 64% dos adolescentes americanos escutavam música pelo "YouTube". O rádio aparecia com 56%.

E, paradoxalmente, as gravadoras também se beneficiam do sucesso de seus artistas no "YouTube", apesar do site ter acesso gratuito.

A indústria musical arrecadou US$ 500 milhões nos últimos anos com publicidade no "YouTube", segundo Vivien Lewit, diretora de colaborações musicais do portal.

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