Entre a medicina e a música, Robson Santos lança seu sétimo disco nesta terça

Lucas Buzatti
lbuzatti@hojeemdia.com.br
20/08/2018 às 14:09.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:00
 (Flávio Charchar/Divulgação)

(Flávio Charchar/Divulgação)

“Assim como a música, a ciência também é uma arte de criar. É preciso ter ideias e acreditar nelas para desenvolver conhecimentos e produtos”. A frase é do Dr. Robson Santos, um dos mais respeitados cientistas brasileiros no estudo da hipertensão arterial. Para além de seu reconhecido trabalho com a medicina, o minero também é conhecido por sua atuação artística – cantor e compositor, ele lança seu sétimo disco nesta terça-feira (21), no Teatro da Maçonaria, em um show repleto de participações especiais.

Intitulado “Fermento”, o álbum traz 14 faixas autorais e uma ficha técnica invejável. Além dos arranjos e da direção musical de Deangelo Silva, o trabalho contou com um ilustre time de cantores e instrumentistas: Toninho Horta e Filó Machado, nos violões; Esdras Ferreira “Neném”, na bateria; Felipe Vilas-Boas, na guitarra; Adriano Campagnani, no baixo; Mestrinho, na sanfona; Túlio Araújo, na percussão; Bárbara Barcellos e Mariana Nunes, nas vozes.

Gravado no Estúdio Ultra, em BH, o disco foi mixado no Hannes Bieger Studio, em Berlim, na Alemanha, e masterizado em nada menos que o Abbey Road Studios, em Londres, na Inglaterra. “No Brasil, a gente acaba correndo o risco de masterizar em qualquer lugar e comprometer a qualidade final”, diz Santos. “Não que aqui não tenhamos bons estúdios, mas eu queria caprichar. E o custo, no fim das contas, não é tão alto”, explica.

Capricho, de fato, parece ser a palavra-chave no processo de concepção artística do cientista-músico. “Eu vou juntando dinheiro até achar que consigo bancar os custos dos arranjos, instrumentistas e estúdios”, conta Santos, que foi um dos primeiros artistas independentes do mercado brasileiro e já acumula mais de 30 anos de composições e parcerias de peso.

Sobre as faixas de “Fermento”, Santos conta que seu universo musical é amplo. “Meu processo de criação é vivo, espontâneo. Os estilos são variados, tem baião, rock, bolero, reggae. Sempre tive essa tendência de não ser um artista de um gênero só. Gosto de me guiar por essa liberdade”.

Para Dr. Robson Santos, os shows de lançamento são sempre especiais – afinal, concentram os poucos momentos de palco possíveis dentro de sua agitada rotina. “Eu consigo encontrar tempo para criar. Componho na hora do almoço, nos finais de semana, nos momentos de insônia. O que teve que ser sacrificado foi o palco, os shows. Então, cada um que acontece é sempre muito emocionante para mim”, diz.

“Pode parecer uma coisa curiosa, um cientista que é cantor. Mas a música brasileira tem vários desses exemplos, como o Guinga, que também é dentista”, continua. “Nunca tive conflito entre a música e a ciência. É claro que a ciência ganhou, em termos de prioridade. Mas sempre procurei levar a música de forma tão profissional quanto”.

Serviço: Robson Santos lança “Fermento”. Terça-feira (21), às 20h, no Teatro da Maçonaria (av. Brasil, 478 – Santa Efigênia). Ingressos: R$ 20.

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