Envolvido em vários projetos, Roberto Menescal desembarca em BH para show

Viviane Moreno
vmoreno@hojeemdia.com.br
30/09/2016 às 18:26.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:03
 (Roberto Wertman / Divulgação)

(Roberto Wertman / Divulgação)

Quem for ao Teatro Bradesco esta noite terá oportunidade de conferir de perto o vigor de Roberto Menescal, um dos criadores da Bossa Nova. Às vésperas de se tornar um octogenário (no dia 25 deste mês ele completa 79 anos), o músico divide o palco com a jovem cantora e compositora catarinense Maria Luiza, no lançamento do disco “Jazz in Bossa, Bossa in Jazz” (Coqueiro Verde), produzido por ele. 

Esse disco/show é apenas um dos muitos projetos que Menescal tem na manga. O músico, que acaba de voltar de um festival de jazz na Colômbia, embarca em novembro para uma turnê de 12 dias na Europa, com artistas de Recife. No começo de 2017, ele participa de um show no Carnegie Hall, em Nova York, onde a Bossa Nova foi oficialmente apresentada para o mundo, em 1962. Um show para celebrar os 55 anos desse show icônico? Pode ser. Ou para celebrar os 80 anos de vida e 60 anos de carreira de Menescal. Ou os 90 anos de Tom Jobim (1927-1994)... “Motivo a gente arranja, a gente quer é fazer. Vou entrar 2017 cheio de projetos”, afiança o compositor, que se diz muito mais ativo hoje que aos 20 anos.

Diz e prova. O novo ano reserva, por exemplo, o álbum “Beatles in Bossa” (“Quero ir com o show desse disco em BH”) e o DVD “Cazuza in Bossa Nova – Faz Parte do Meu Show”, projeto com Rodrigo Santos, do Barão Vermelho. 

Menescal também pretende viajar por alguns estados brasileiros para gravar, em cada uma delas, com três artistas locais. “Estou procurando gente nova, que traga coisas novas para mim. Já escolhi dois mineiros, mas é segredo secretíssimo”, desconversa.

“Não tenho nada fixo com ninguém. Um parceiro me colocou apelido de ‘rabo de cometa’, sempre atrás de uma estrela. Acabei de produzir disco com o americano Andy Timmons, um super guitarrista, roqueiro-jazz. E cada vez que produzo alguma coisa para alguém saio um pouco com a pessoa”, diz, antecipando provável turnê com Timmons.

Maria Luiza
Está sendo assim com Maria Luiza. Menescal conta que a conheceu há cerca de quatro anos, quando ela abriu o show dele com Andy Summers, do The Police, em Florianópolis. Depois disso, a jovem lançou o CD “Pequena” (2015), produzido por Rodrigo Campello, com composições de Maria Luiza, em inglês e português, participação de Rogério Flausino e releituras de Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Titãs. 

Esse ano veio o convite para Menescal produzir o segundo disco da cantora. “Conheci ela cantando jazz, com uns 15 anos, depois vi takes no YouTube dela cantando bossa. Sem pensar muito disse: vamos pegar músicas de jazz muito conhecidas e fazer arranjos de bossa, e vice versa, para mostrar a irmandade que existe entre as duas coisas”. As músicas foram escolhidas a partir do gosto dos dois, e que se encaixavam nessa proposta, como “Pela Luz dos Olhos Teus”, de Vinicius de Moraes.

O CD chegou às lojas há dois meses e já rendeu shows em São Paulo e no Rio de Janeiro. No palco, eles mostram as 12 faixas gravadas e outras seis, como “Telefone”, de Menescal. O show de hoje será o primeiro de Maria Luiza em BH.

Serviço: Show de lançamento do CD “Jazz in Bossa, Bossa in Jazz”, com Maria Luiza e Roberto Menescal– Hoje, às 21h, no Teatro Bradesco (rua da Bahia, 2244). Ingresso: R$ 120 e R$ 60 (meia).

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