Espetáculo abre vagas para oito cantores líricos

Da Redação
almanaque@hojeemdia.com.br
06/03/2021 às 11:08.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:20
 (DIVULGAÇÃO/PITÁGORAS DE SAMOS)

(DIVULGAÇÃO/PITÁGORAS DE SAMOS)

A direção do espetáculo “Pitágoras de Samos”, cuja produção começa neste mês em Belo Horizonte, abre processo seletivo para contratação temporária de oito vozes para integrar a gravação profissional em áudio e publicação do DVD da ópera. Há vagas para dois sopranos, dois contraltos, dois tenores e dois baixos. Todos os candidatos deverão ser residentes em Belo Horizonte. Realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, o projeto do espetáculo cria 29 novas oportunidades de trabalho remunerado temporário para a classe artística e cultural de Belo Horizonte que sofre com a falta de trabalho em razão do fechamento das casas de espetáculos na pandemia de coronavírus.

O edital para a seleção dos cantores pode ser acessado na página do instagram da Cia Mineira de Ópera (@ciamineiradeopera). De acordo com o edital, os sopranos interessados deverão solicitar as partituras via e-mail (ciamineiradeopera@gmail.com). Cada candidato(a) deverá providenciar o acompanhamento de instrumentista. A partir do recebimento das obras, os candidatos (as) terão prazo de 10 dias para gravar vídeo, postando-os no Vimeo ou You Tube. Deve ser informando o link para acesso, o qual deverá estar livre. A remuneração é compatível com a função de coralista.

A produção do espetáculo, de autoria de Andersen Viana e produção da Cia Mineira de Ópera, resgata a  trajetória do filósofo, matemático e músico grego Pitágoras. O projeto inclui a gravação da peça em áudio que dará origem a DVD para veiculação pública e gratuita no You Tube. O produto audiovisual será usado ainda como material paradidático nas escolas públicas e privadas. A ideia é que a ópera -  a terceira do gênero na história da música no estado de Minas Gerais - seja encenada presencialmente quando a pandemia do novo coronavírus permitir. Trata-se do primeiro teatro musical do mundo escrito, produzido e disponibilizado na Internet tendo como tema o importante personagem do pensamento ocidental.

As oficinas começam neste mês na sede da Cia Mineira de Ópera, com as participações do compositor e professor Andersen Viana; do maestro André Brant e dos  solistas Wagner Soares (tenor), que encarna o protagonista Pitágoras; Fabíola Protzner (soprano), que interpreta Myia, filha de Pitágoras; e Pedro Lucas Vianna (barítono), no papel de Apolônio. O elenco é composto ainda por André Fernando (baixo),  que encarna Cylon, inimigo de Pitágoras; e o barítono Ernane Dias, que vive o Soldado. Em cena estão também a pianista Talita Olivetti, Rafael Matos (percussão) e Camila Correa (soprano). A direção de artes visuais é da multiartista Regina Mello.

"Por ser uma obra inédita e contemporânea, tem-se o privilégio da presença do autor nos ensaios. Algo incomum no mundo operístico. Desta forma, serão feitas oficinas para o alinhamento dos músicos participantes com a obra, sob orientações do maestro André Brant e do próprio Andersen Viana", destaca o produtor Lucas Telles, diretor da Cia Mineira de Ópera.

A ideia de produzir o teatro musicado “Pitágoras de Samos” nasceu de Andersen Viana, autor e responsável pela trilha musical do espetáculo, depois de uma conversa com o regente do espetáculo, André Brant em 2019. “A intenção é mostrar todas as faces de Pitágoras. A figura do filósofo é  muito lembrada pelo teorema de Pitágoras, estudado nas escolas, mas poucas pessoas conhecem a história dele em profundidade”, diz Andersen, que se dedicou a pesquisas sobre o sábio grego durante um ano.

Nascido em 570 anos a.C, Pitágoras fundou a Escola Pitagórica, da filosofia pré-socrática. A academia, que unia matemática, filosofia, astronomia e música, tinha como discípulos naquela época não só homens, mas também mulheres. Há várias versões para a causa da morte do filósofo, uma delas seria suicídio em razão da perseguição política e inveja que sofria da elite na época. “Há muitas lendas e mitos em relação à história de Pitágoras, uma vez que ela só foi resgatada 200 anos após sua morte”,  conta Andersen, lembrando que o drama musical retrata ainda questões como corrupção da alma humana, suborno, assassinatos, genocídio, presentes na sociedade contemporânea. O drama musical, com duração de 90 minutos, resgata ainda um amor – difícil de se realizar - entre Myia, filha de Pitágoras, e Apolônio, discípulo do mestre Jônio.

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