Apontado pela revista "Isto É" como "uma das pérolas sobre o comportamento humano no seu gênero", "Divas no Divã" foi escrito por Chris Linares em 2002. Um dos mais vendidos daquele ano, o livro parecia fadado ao sucesso: era a formatação literária de um êxito já consolidado no teatro – no geral, é um sucesso nas livrarias que impõe uma versão teatral posterior – e garantia de bom público nas temporadas carioca e paulista que a autora, atriz e psicóloga paulista realizou.
A versão local entra em cartaz na cidade: "Divas no Divã – uma Divertida Sessão de Terapia" ocupa o Teatro Nossa Senhora das Dores (avenida Francisco Sales, 77, Floresta) a partir desta sexta-feira (10) e até 2 de junho, sextas e sábados, às 21 horas, e domingos, às 19 horas. Ingressos a R$ 30 e R$ 15 (meia e Sinparc). Versátil tanto no drama quanto na comédia, Cidah Viana vive a mulher madura, de sucesso profissional, mas solitária e com autoestima em baixa, que alimenta o desejo de ser uma diva, a típica personagem dos filmes românticos.
Especialmente deprimida depois que "o homem maravilhoso que acabou de conhecer" não ligou como prometera, ela busca ajuda. Faz terapia, escuta discursos de autoajuda, confere a sorte com cartomante. Mas é a reprovação do professor de dança que traz a necessária injeção de ânimo. O primeiro passo em direção à crença nos sonhos, opiniões e fantasias.
"Um terapeuta viu a peça em São Paulo e afirmou que, mais que entretenimento, é um estímulo, cumpre um papel social para quem não está bem e deseja mudar de vida", frisa Luiz Henrique Moura, que ganhou o DVD da peça (dizem, teria vendido 200 mil cópias, um recorde no país) e passou a buscar os direitos do texto. Como foi viver nos Estados Unidos e parou de atuar, a autora decidiu repassá-los. Com a condição de a sua concepção e a produção se limitarem a Minas.
Ao longo das negociações, porém, além de ceder a trilha sonora e os figurinos, Chris Linares acenou poder facilitar uma temporada da peça em Sampa. Sorte de Luiz Fernando, que deixou Arcos por Belo Horizonte há sete anos e não imaginava poder construir uma carreira assim, no teatro. Como ator, diretor e produtor. A montagem, que escala ainda Bruno Moura no elenco, tem apoio do Hoje em Dia.