Espetáculo sobre Cazuza volta em sessão gratuita

Thais Oliveira - Hoje em Dia
19/06/2015 às 06:31.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:32
 (Leo Aversa)

(Leo Aversa)

Ele esteve neste mundo por apenas 32 anos. De profissão, foram menos de nove. O legado deixado, no entanto, é digno de uma carreira longeva: 126 músicas gravadas e mais de 70 inéditas. “A vida de Cazuza era a própria obra dele”, afirma Aloísio de Abreu, autor de “Cazuza, Pro Dia Nascer Feliz, o Musical”, que chega a Belo Horizonte pela segunda vez, para única apresentação, neste domingo, às 19h, na Praça da Estação. Ao todo, a turnê, que tem entrada gratuita, já passou por outras 13 cidades.

“Exagerado, explosivo, apaixonado, sincero e muito engraçado. Poeta atemporal, pessoa solar, garoto rebelde, coração de ouro, língua afiada, inteligência única”, define Abreu. Condensar Cazuza para os palcos, certamente, não foi tarefa fácil, ainda que, para isso, o maior artifício usado tenha sido justamente aquilo que ele mais amava fazer: música. “O musical traz os momentos de virada de Cazuza, que não foram poucos. A vida dele foi muito densa”, aponta o autor.

De acordo com Abreu, foi necessário recorrer à família e aos amigos do artista – especialmente a mãe dele, Lucinha Araújo, e o maior parceiro musical Frejat – para construir o espetáculo. “Apesar de ser contemporâneo de Cazuza e termos frequentado os mesmos lugares, como o baixo Leblon, eu não o conheci pessoalmente. Na verdade, tínhamos apenas amigos em comum, como o próprio namorado de Cazuza, o Serginho, porque ele também era ator de teatro como eu”, explica Abreu, que tem 54 anos.


Produção

O musical apresenta os momentos que marcaram mais a vida do artista. Logo de início, quem conhece um pouco da trajetória de Cazuza, consegue perceber que o espetáculo foi também construído cronologicamente: a descoberta do teatro, o despertar pelo rock, a decisão de cantar e montar uma banda. “A peça mostra também o uso de drogas, a descoberta da doença (Aids) e o tratamento. O musical não esconde nada”, garante Abreu.


Crônicas da vida

O autor explica que as músicas escolhidas não são apenas apresentadas ao público, mas realmente contam a história do artista. “As músicas fazem parte do texto, porque elas são crônicas e falam muito dele, de seu comportamento e de como ele era. Exemplo disso é que o espetáculo já começa com ‘Exagerado’, mostrando a relação que ele tinha com a mãe. As músicas são como eixo dramático na peça”, afirma o autor.

Ao todo, são 39 canções, entre elas: “Pro Dia Nascer Feliz”, “Bete Balanço”, “Ideologia”, “O Tempo Não Para”, “Brasil”, “Preciso Dizer que Te Amo” e “Faz Parte do Meu Show”. O espetáculo traz ainda “Malandragem”, “Poema” e “Mais Feliz” – composições de Cazuza que ele nunca chegou a gravar.

 

SERVIÇO

“Cazuza Pro Dia Nascer Feliz, o Musical”. Praça da Estação (Av. dos Andradas, 201, Centro). Neste domingo, às 19h. Entrada franca.

 

Veja cenas de "Cazuza Pro Dia Nascer Feliz, o Musical":


 

 

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