Estudo mostra que Gollum é carente de "vitaminas preciosas"

AFP
16/12/2013 às 11:36.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:49
 (Divulgação)

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PARIS - Pense com carinho no dragão Smaug. Derrame uma lágrima por Gollum. E, se posível, dê um abraço em um Orc.

Se estes seres tivessem ingerido ocasionalmente um quiche com uma salada ou um pouco de salmão defumado, ou se tivessem passado algum tempo no sol a história teria sido muito mais gentil com eles.

Assim sugere um estudo pouco comum, que conclui que as personagens do mal da obra "O Hobbit", de J.R.R. Tolkien, perderam sua batalha contra os homens, elfos e anões porque sofriam de deficiência de vitamina.

Evitando a luz solar, sobrevivendo com uma dieta desequilibrada ou incompleta baseada em carne podre ou (no caso de Gollum) em pedaços ocasionais de peixe, eles não tinham acesos à vitamina D, um componente-chave para a saúde dos ossos e para a força muscular.

A ideia é proposta por Nicholas Hopkinson, um médico do Imperial College de Londres, e seu filho Joseph, na edição de Natal do Medical Journal of Australia.

Eles vasculharam "O Hobbit" para buscar referências sobre as condições de vida dos personagens, seus hábitos e dieta. E utilizaram essas pistas para avaliar em cada personagem os níveis de vitamina D, produzida quando a pele é exposta à luz ultravioleta ou derivada de alimentos como peixes oleosos, gema de ovo e queijo.

Bilbo Bolseiro, o herói de "O Hobbit", teve uma vida repleta de vitamina D, segundo eles.

É verdade que Bilbo vivia em uma toca, mas ela tinha janelas e ele gostava de se sentar ao sol em seu jardim.

"A dieta hobbit é claramente variada, já que é capaz de oferecer bolos, chá, bolo de sementes, cerveja, vinho tinto, geleia de framboesa, torta de carne, queijo, torta de carne de porco, salada, frango, picles e torta de maçã para o anões que o visitam para cooptá-lo para a missão do roubo", declarou o Imperial College em um comunicado divulgado à imprensa.

Já os vilões passam a maior parte do seu tempo na escuridão, e sua dieta é pobre ou de origem única.

"A análise textual sistemática de 'O Hobbit' apoia a nossa hipótese inicial de que o triunfo do bem sobre o mal pode ter se beneficiado, em certa medida, da má alimentação e da falta de luz solar experimentada pelos personagens do mal", concluem os pesquisadores.

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