Eternos cinquentões: ano do Woodstock, 1969 gerou safra musical icônica

Lucas Buzatti
13/01/2019 às 07:00.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:00
 (Reprodução)

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Pacifismo, liberdade sexual, direitos civis, experimentalismo, LSD e muita criatividade. Esses são alguns ingredientes que fizeram explodir, nos Estados Unidos, o caldeirão da geração hippie. O movimento flower power, que expandiu os caminhos da cultura pop, teve em 1969 o grande ápice, com a realização de Woodstock e o lançamento de discos irretocáveis – e, agora, “cinquentões”. 

“Aquele ano foi, musicalmente, um dos mais produtivos da história. Os movimentos pela liberdade de expressão e de pensamento fizeram com que a música ganhasse muita força”, afirma o radialista Marcos Kacowicz, entusiasta do rock’n’roll e apresentador do programa Kacophonia. “A atemporalidade dos lançamentos tem muito a ver com esse cenário, que serviu como um importante pano de fundo. As artes, de uma forma geral, passaram a falar das mudanças que aquela nova geração buscava”, revela.

Além de representantes da geração Woodstock, muitos deles que marcam estreias de importantes bandas, há outros nomes. “As bandas que também me vêm são Santana, Mountain, Joe Cocker, Janis Joplin. Do progressivo, temos ainda o Genesis, o The Moody Blues. E as bandas inglesas mais ligadas ao blues, que foram muito importantes, como o Atomic Rooster e o Ten Years After”, ressalta Kacowicz. 

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Um ano depois do lançamento do emblemático “Tropicalia ou Panis et Circencis”, o Brasil também respirou bons lançamentos. “Na época, eu não ouvia muita música brasileira, mas me lembro muito do segundo disco dos Mutantes. Esse é de primeiro nível”, lembra o radialista, destacando também os álbuns homônimos de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Milton Nascimento.

Para Kacowicz, 1969 é uma prova de como períodos de conturbações políticas e sociais podem ser frutíferos para a arte. “Estamos vivendo outro momento crítico, em que parece haver uma separação de forças, umas mais progressistas e outras retrógradas, ‘caretas’. Mas acho que essa energia vai deixar o planeta. E, claro, os artistas devem ser críticos”.

Veja, abaixo, as pérolas que completam 50 anos, comentadas pelo radialista. 

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