Exposição 'Mondrian e o movimento de Stijl' se despede do CCBB BH com recorde de público

Da Redação
almanaque@hojeemdia.com.br
28/09/2016 às 16:11.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:01
 (WESLEY RODRIGUES)

(WESLEY RODRIGUES)

Após pouco mais de dois meses em cartaz, a exposição "Mondrian e o Movimento de Stijl" se despede do CCBB-BH batendo recorde de público no espaço. Tendo sido vista por mais de 150 mil pessoas, a mostra alcançou uma média diária de 2.500 visitantes, outro recorde na história do museu. O público mineiro pôde conferir um apanhado criterioso da vida de Mondrian e da formação do neoplasticismo, movimento de arte abstrata que pregava a pureza dos elementos e das cores e revolucionou as linguagens visuais no mundo.

A mostra “Kandinsky – Tudo Começa Num Ponto”, era a dona do título de maior público, com 129.791 visitas. A exposição ficou em cartaz no CCBB-BH por dois meses no ano passado e teve 2.163 visitantes por dia.

Em "Mondrian e o Movimento De Stijl", além de quadros conhecidos do artista holandês, com as tradicionais formas retangulares em cores primárias, a exposição trouxe a Belo Horizonte obras raríssimas do início da carreira de Mondrian. São paisagens carregadas de cores escuras, e as vezes sombrias, que caracterizavam a pintura na Holanda do século XIX.

Os acontecimentos artísticos do período (1917 e 1928) também foram contemplados. A segunda etapa da exposição mostrou ao público a agitação provocada pela revista De Stijl (O Estilo), meio escolhido para que um grupo de artistas, designers e arquitetos, incluindo Mondrian, defendesse o neoplasticismo e a utopia da harmonia universal de todas as artes.

Objetos que marcaram época - como a cadeira Vermelha Azul, que Gerrit Rietveld criou entre 1917 e 1923 - puderam ser vistos em sua forma original. Na lista entraram também maquetes, mobiliários, fotografia, documentários, fac-símiles e publicações de época. Com isso, o público de BH teve acesso a uma forma de ver o mundo e as artes que revolucionou a cultura em 1917 e continua moderna até hoje.

Após passar por Belo Horizonte Mondrian e o movimento De Stijl segue o Rio de Janeiro, com estreia para o próximo dia 11. São cerca de 70 obras — 30 das quais de Mondrian — e uma seleção de múltiplas manifestações do movimento De Stijl compondo o mais completo conjunto desse período já exibido no Brasil.

Educativo também bate recorde

O sucesso da exposição teve reflexos também no número de atendimentos realizados pelo Programa Educativo do CCBB de Belo Horizonte. Foram 38.697 pessoas atendidas em visitas guiadas, atividades lúdicas sobre Mondrian e o Neoplasticismo, ações de acessibilidade e grupos de instituições de ensino. O número representa recorde absoluto na história do Educativo. Em julho, os dez dias iniciais da exposição atraíram mais de quatro mil pessoas para os projetos didáticos, em agosto foram cerca de 14.500 visitantes e em setembro – até o dia 26, data final da exposição – os atendimentos atingiram quase 20 mil pessoas.

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