(André Brant/Hoje em Dia)
Acontece que ele não morreu mesmo. E nem é preciso ser fã número 1 para constatar logo. Nesta quinta-feira (8), dia que Elvis Presley completaria 80 anos de idade, milhares de fãs em todo o mundo celebram seu aniversário como se o próprio fosse participar da festa. Em Belo Horizonte, por exemplo, acontece, logo mais, a reunião de covers do cantor e membros do Elvis UAI, fã-clube reconhecido internacionalmente – e que conta com três QGs estratégicos. Fundado em 2013, o grupo tem mais de 100 integrantes assíduos. Uma vez por semana, o grupo costuma se encontrar em uma das batizadas “Elvis fã House” – “templos” onde é possível encontrar todo o tipo de souvenirs relacionados ao Rei do Rock: pôsteres, quadros, relógio de parede, recortes de revistas, bandeiras, capas de discos suspensas no teto e até uma jukebox que, obviamente, toca incansavelmente as músicas de Elvis. Devidamente “uniformizados”, os integrantes vestem camisas, vestidos, broches, colares, anéis e brincos – no caso de algumas moças, as unhas ganham pequenos Elvis desenhados sobre o esmalte. Durante os encontros, os seguidores contam histórias do ídolo como se as tivessem testemunhado, assistem a filmes, cantarolam músicas e organizam eventos – na maioria das vezes, beneficentes. Loucos? “Ah, sim! Já fomos chamados disso também”, diz, aos risos, o presidente do fã-clube, Paulo Bonfim, na companhia do grupo. Neste 8 de janeiro, a festa acontece no Espaço Elvis (r. Cajuri, 145, bairro Xangrilá) a partir das 20h. A entrada é gratuita. “Queremos aumentar o fã-clube. No início, pensava: ‘Deus do céu, será que só eu gosto de Elvis em BH?’ Mas a cada novo membro, descubro que Elvis está cada vez mais vivo”, comemora. Um dos mais conhecidos covers do músico na capital, o cantor Guilly Castro destaca que muitos são os fatores que fizeram de Elvis uma lenda. “Era sensível, autêntico, espontâneo e com talento atemporal. Um jovem branco que cantou como um negro, que dançou provocantemente como nenhum outro havia feito”. Antes de deixar o santuário, a reportagem ouve “Suspicious Minds” e vê o grupo falar do Rei como um velho amigo. Se em todo mundo ele for lembrado assim, não é estranho afirmar que, sim, Elvis nunca vai morrer. Depoimentos “Elvis deixou tudo pronto para quem veio depois” Jim Morrison “Descrever Elvis? Ele é o maior que já existiu ou que irá existir” Chuck Berry “Ele é o Deus supremo do rock in roll. Ouvir Elvis é como escapar da prisão. Eu agradeço a Deus por Elvis Presley” Bob Dylan “Só existia uma pessoa que os Beatles queriam conhecer nos EUA: Elvis” John Lennon “Houve vários caras valentes, vários enganadores, vários concorrentes, mas só um Rei” Bruce Springsteen “Ninguém o igualará. Ele é o original em uma área de imitadores” Mick Jagger “Eu ouvia os discos de Elvis Presley até estragar os sulcos. O rock era como uma chave que abriria minhas portas que viviam fechadas” Raul Seixas