Fábio Moon e Gabriel Bá retornam ao Festival Internacional de Quadrinhos

Clarissa Carvalhaes - Hoje em Dia
15/11/2013 às 08:48.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:10
 (Samuel Costa)

(Samuel Costa)

Quando Fábio Moon e Gabriel Bá vieram ao Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ) pela primeira vez, era 2003. Naquela época, os chamados “gêmeos dos quadrinhos” desembarcaram na capital mineira com suas revistas na mochila. Detalhe: dormiram em albergues e não conheciam quase ninguém. Dez anos se passaram e muita coisa mudou: hoje, eles respondem pelo feito de serem os primeiros brasileiros a ganhar o Prêmio Eisner de HQs, estão entre os grandes nomes do gênero no país e, não bastasse, fazem parte do seleto grupo de convidados do festival que, desde anteontem, ocupa a Serraria Souza Pinto– o rol abarca pouco mais de 80 nomes.

“O FIQ é a convenção de quadrinhos mais legal do Brasil, todos contam com ele. Em um mercado onde tudo é muito frágil, posso dizer que, aqui, tudo vai bem”, comenta Gabriel, que, para esta 8ª edição, trouxe, além de publicações “antigas”, exemplares de “Cidades Ilustradas: São Luís” – o trabalho mais recente do duo, lançado há quase um ano.

“Mais eventos como esse no país incentivariam uma produção maior”, acredita Bá, que enxerga na distribuição um dos grandes empecilhos para a circulação e venda dos quadrinhos no país.

“O quadrinho nacional está calcado no esforço do autor. Por isso, o FIQ é tão importante. É como o néctar para as abelhas, as pessoas chegam aqui e dizem: ‘Nossa! De onde veio tudo isso?’”, compara Gabriel.

Para Fábio Moon, o FIQ é nada menos que “a melhor coisa do mundo”. Por que motivo? “O trabalho do quadrinista é muito solitário. Aqui, a gente passa a conhecer pessoas que fazem o mesmo e, então, descobrimos que não estamos sozinhos no mundo”, compara o moço, que, ao lado de Bá, divide o estande visitado pela reportagem com os colegas Gustavo Duarte, Murilo Martins e Rafael Albuquerque. Os gêmeos seguem no festival, no estande White Russian S/A, até domingo. Para os fãs de quadrinhos, nem é preciso dizer mais nada: a oportunidade é simplesmente imperdível.

8º FIQ – Até dia 17, na Serraria Souza Pinto (av. Assis Chateaubriand, 809), das 9 às 20h. Algumas atividades acontecem em outros espaços da cidade – confira endereços e programação no http://www.fiqbh.com.br..

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