Os cerca de 900 fãs de "Star Trek" que se encontraram neste sábado (23) numa convenção em São Paulo para homenagear os 50 anos da saga tinham uma semana de boas notícias para comemorar.
A franquia voltará aos cinemas em setembro com o terceiro filme da nova safra ambientada na nave Enterprise. Além disso, a Netflix anunciou na segunda (18) que colocará à disposição todos os 727 episódios das cinco séries até o fim deste ano e e, em janeiro, entrará no serviço o novo seriado inédito da CBS.
"É a terceira ressurreição de 'Star Trek''", afirmou o jornalista Salvador Nogueira, colunista da Folha de S.Paulo, em um dos painéis do evento realizado no Museu da Imagem e do Som. Fã da saga, ele conta "voltava correndo da escola" para ver a série quando ela era exibida pela TV Manchete às 18h, no início dos anos 1990. Nogueira publica em agosto um livro sobre a história da saga, pela editora Leya: "Acompanhar os 50 anos de 'Jornada nas Estrelas' é acompanhar 50 anos evolução da TV. O seriado sempre estava na vanguarda".
Quando a série foi exibida no Brasil pela primeira vez em 1966 pela TV Excelsior, Spock, o alienígena de orelhas pontiagudas, causava impacto semelhante ao que hoje provoca "Breaking Bad", conta o jornalista Paulo Gustavo, autor do "Almanaque dos Seriados" (Nova Fronteira).
"Já existia 'Além da Imaginação', mas 'Jornada nas Estrelas' foi a primeira ficção científica na televisão com um enredo de ficção científica. Eram os mesmos personagens falando de aventura no espaço toda semana, em uma época em que o jovem adorava esse gênero", comenta Gustavo.