Fórum Internacional de Dança ocupa oito espaços da capital durante 27 dias

Vanessa Perroni / Hoje em Dia
31/10/2015 às 10:32.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:17
 (Domitille Chaudieu/Divulgação)

(Domitille Chaudieu/Divulgação)

Com o espetáculo marroquino “HA!”, da Compagnie O, da coreógrafa Bouchra Ouizguen, o Fórum Internacional de Dança (FID) inicia sua edição 2015, na próxima segunda-feira (2). A programação se espalha por oito espaços da cidade e comemora os 20 anos do FID. Mas o momento não é de fazer uma retrospectiva, “até mesmo porque não haveria verba para trazer grupos que já participaram do FID e fazer um apanhado histórico. E nós andamos é para frente”, pondera a idealizadora do FID, Adriana Banana.

E foi pensando na atualidade que o espetáculo “HA!” foi escolhido para abrir esta edição. “São cinco mulheres no palco investigando a loucura como uma potência para a transformação”, afirma a diretora artística do FID, Dorothé Depeauw. Além disso, a estética das dançarinas se difere totalmente dos padrões ocidentais.

No geral, artistas do Brasil, Alemanha, Bélgica, França, Nova Zelândia e Marrocos se apresentam ao longo de 27 dias. Nesse período, o FID abre espaço para espetáculos estreantes, como “Treasured in the Dark”, do dançarino brasileiro radicado na Alemanha Thiago Granato. Neste trabalho, ele recorre aos artistas do passado, como Tatsumi Hijikata. “Ele mostra como a memória armazenada no corpo está sempre relacionada com o presente que a significa”, explica Adriana Banana. Granado também apresenta o espetáculo “Plano B”.

Outro destaque na programação é a francesa Isabelle Launay, crítica e historiadora da dança, que lança o livro “História de Gesto”. Launay também participa dos espetáculos “La Part du Rita” e “Adieu et Merci”, trabalho que apresenta uma quebra de estruturas narrativas, e encerra a programação.

Território Minas
Nesta edição, os artistas mineiros foram convidados a propor trabalhos a serem apresentados no FID, estando eles finalizados ou ainda em processo de construção. “Vamos ter também curadores nacionais e internacionais assistindo a esses espetáculos. Uma oportunidade de intercâmbio cultural”, acredita Dorothé Depeauw. Dentre os grupos e artistas mineiros estão: Cia Suspensa, Fusion, Joelma Barros, Hibridus Dança e outros.

O público infantil também é contemplado na programação, com o espetáculo “Do Verbo Jogar”, dentro do FIDinho. Mas nem tudo são flores. Para “colocar o FID na rua” e com preços acessíveis – os ingressos custam R$ 8 e R$ 4 (meia) – Adriana Banana diz ter encontrado muitas dificuldades. “Não existe uma política para as artes em Belo Horizonte. O FID está sendo feito com patrocínio de empresas que não são de Minas Gerias, e de outros países. E ainda faltam R$ 100 mil para fechar a conta”.
 

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