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RIO DE JANEIRO - A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro promoveu na tarde de terça-feira (5) uma reunião com a empresa responsável pela produção do Fashion Rio para discutir sobre a presença de modelos negros nas passarelas do evento de moda. Os desfiles começam nesta quarta-feira (6) no Pier Mauá, na zona portuária da cidade.
Após o encontro, representantes da Luminosidade, empresa responsável pelas edições do Fashion Rio e São Paulo Fashion Week, assinaram um termo de compromisso, onde se comprometeram a enviar um comunicado às grifes com a recomendação de incluir ao menos 10% de modelos negros nos desfiles.
"E num prazo de 30 dias, a empresa também vai enviar um relatório com informações sobre o número de modelos negros escaladas por cada marca nesta edição do Fashion Rio", afirmou a defensora pública Larissa Davidovich. Ela ressaltou que este levantamento pode auxiliar na assinatura de uma TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) para a próxima edição do evento.
A audiência na Defensoria contou também com a participação de representantes da ONG Educafro, que encaminhou a denúncia associada a uma suposta exclusão de profissionais negros das passarelas.
Questionados sobre o assunto, os representantes da produtora do Fashion Rio esclareceram que costumam recomendar a contratação de 10% de modelos negros à grifes que participam do evento. Entretanto, as grifes não seriam obrigadas a obedecer esta sugestão dos organizadores.
A empresa ressaltou ainda que seria inviável estabelecer esta participação como obrigatória na véspera do início dos desfiles. Por isso, ficou acertado que a Luminosidade iria reiterar a recomendação de 10% de modelos negros e, numa próxima edição, com a assinatura do TAC esta participação passaria a ser garantida.