Na próxima segunda-feira (14), a atriz e escritora Fernanda Torres estreia no GNT o programa "Minha Estupidez". Serão cinco episódios exibidos de segunda a sexta, às 23h. A atração tem entrevistas e esquetes de humor.
Em cada capítulo, a atriz conversa com intelectuais que admira sobre temas que não domina. Em alguns momentos, também há depoimentos de Fernanda sobre as experiências vividas por ela.
Na estreia, o convidado é o escritor João Ubaldo Ribeiro (1941-2014), em uma entrevista gravada em 2008. Na abertura do programa, a escritora revela que sonhava em realizá-lo havia anos. "Queria falar sobre ignorância, porque eu me sentia muito ignorante ao perceber a quantidade de livros importantes que eu nunca tinha lido", diz ela, que confessa já ter mentido ao dizer que conhecia obras que, na verdade, ignorava.
Ao longo dos episódios, reflete-se de forma bem-humorada a sensação de ser estúpido diante de assuntos como literatura, filosofia, antropologia e cultura.
Segundo a diretora Mini Kerti, o formato do programa surgiu aos poucos. "Foi desenvolvido pela própria Fernanda, e cada capítulo tem suas características." Sobre a chance de uma nova temporada, ela diz que é possível. "Nós adoraríamos, pois foi um processo divertido e de muito aprendizado."
Evandro Mesquita faz participação no programa. Segundo ele, o mais interessante é conhecer assuntos pouco abordados pela TV. "Acho a Fernanda ainda mais incrível por ser tão inteligente e, mesmo assim, não se levar tão a sério, ao assumir que existem temas que ela não domina."
ESQUETES
Além de Evandro Mesquita, os atores Daniel Boaventura e Adriano Garib também participam do programa. Se, durante as entrevistas, Fernanda Torres mantém uma postura séria, são nos esquetes que o programa ganha tons de sarcasmo.
Uma das cenas, por exemplo, retrata o encontro dos portugueses com os índios brasileiros. A atriz interpreta uma repórter que está acompanhando tudo. "A linguagem do programa é muito acertada, pois contrapõe o real e a ironia", avalia Mesquita. Para Daniel Boaventura, o humor é uma boa ferramenta para falar de certos assuntos. "A atração toca em temas profundos, mas graças à abordagem tudo fica simplificado", define.