Fernando Pacheco inaugura em seu ateliê o projeto ‘Artpam’

Pedro Artur/Hoje em Dia
05/09/2014 às 08:53.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:05
 (Nina Pacheco/)

(Nina Pacheco/)

Uma instalação na qual um fusca, pintado de forma instigante, abriga um aparelho de som que transmite músicas dos Beatles – e de compositores mineiros afinados com o quarteto de Liverpool, como Beto Guedes e Tavito. A obra “Eu Gosto dos Beatles e de Jabuticaba” dá início, neste sábado (6), ao projeto “Artpam” (Arte na Pampulha), que abarca, ainda, performances teatrais, literatura e música mineira de qualidade. As ações – neste sábado e domingo (7), e dias 13 e 14, das 14 às 20h – acontecem no Centro de Arte Fernando Pacheco, do artista e idealizador da iniciativa. A curadoria é de Nina Pacheco e Lucas Guimaraens.

“As pessoas terão um roteiro de visitação. Ao chegar, já vão se deparar com essa instalação, que é bem mineira”, diz um entusiasmado Pacheco, acrescentando que a edição de estreia rende homenagem ao escritor mineiro Bartolomeu Campos de Queirós, falecido em 2012. Não bastasse, haverá performances com dos artistas Luiz Gomide e Ana Gusmão, com direção de Pedro Paulo Cava.

“Já na galeria, preparei uma exposição baseada nos títulos dos livros do Bartolomeu, com 26 quadros”, ressalta Pacheco.

O projeto tem como objetivo a implantação de um espaço de convivência e diálogo entre as diversas artes e pessoas. Com espaço também para a boa música. Neste sábado, é Tavinho Moura o intimado a dar o seu recado, relembrando parcerias com integrantes do Clube da Esquina. Já no domingo, será a vez de Juarez Moreira. No próximo dia 13, sobem ao palco Eduardo Ladeira e Rodrigo Borges.

A ideia para implementar esse ousado projeto, diz Fernando, surgiu de suas exposições mundo afora. “Observei iniciativas similares em países que visitei, como a China, Nova Zelândia, Taiwan”, enumera.

‘Participo ativamente da vida cultural da capital mineira’

Para dar o start, nada mais natural que ele usasse do espaço que abriga seu ateliê. “Vi que tínhamos uma área disponível e pensamos em ampliá-la, então construímos uma galeria. Um espaço que pudesse ser aproveitado para instalações de arte, música e performance teatral. Sempre interagi com outras artes, já realizei trabalhos junto a escritores, estilistas. Vimos que esse espaço não precisava ser destinado apenas às artes visuais, mas sim promover a convivência com a música, a literatura, o teatro”, observa.

Além disso, o artista quer reforçar o lastro cultural da Pampulha, contornada por obras de Niemeyer e Burle Marx. “Muitos dos meus colegas abriram ateliês pelos lados de Nova Lima. Mas a Pampulha é um cartão cultural. Precisamos retomar essa vocação cultural e artística da região”, avalia.

Fernando Pacheco diz que, depois de 40 anos de trajetória, quer devolver um pouco do que recebeu da capital mineira. “Sou de São João del-Rei, mas vim para cá ainda criança, e sempre morei aqui. Construí minha obra também aqui, participo intensamente da vida cultural e artística da cidade. Então, essa ação é uma maneira de poder retribuir, estando juntos a pessoas de teatro, da música, da literatura. E semear, na Pampulha, um pouco mais de arte”, sinaliza.

“Artpam” – O projeto acontece neste sábado (6), domingo (7), e no próximo final de semana, dias 13 e 14, das 14 às 20h.

No Centro de Arte Fernando Pacheco (av. Dora Tomich Laender, Braúnas, Pampulha). Inscrição obrigatória pelo artpam.com.br. Limitado à disponibilidade de vagas por dia.




 

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