Festival de literatura movimenta BH e reúne atrações para todas as idades

Vanessa Perroni - Hoje em Dia
28/06/2015 às 10:39.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:40
 (Marcelo Prates/Hoje em Dia)

(Marcelo Prates/Hoje em Dia)

O frio não espantou o público do Festival Literário Internacional (FLI-BH), que ocorre no Parque Municipal, pelo contrário. “Confere mais charme ao evento”, afirmou o psicólogo Fabiano Lima, de 46 anos, que na tarde de ontem levou o filho Gabriel Lima, de 8 anos para passear entre os livros e demais atrações do festival. “Separei algumas atrações para hoje e amanhã. O bom é que a programação abarca todas as idades”, comentou.   O pequeno Gabriel era só alegria. Com dois livros na mão ele aguardava ansioso o início do espetáculo “Uma Professora Muito Maluquinha”, que lotou o Teatro Francisco Nunes. “Já li o livro e agora vou ver no teatro. Gosto muito de ler e aqui está bem legal”, comemorou o menino.   Uma das atrações que chamou a atenção do público adulto, e gerou uma profícua discussão, foi a mesa de debate “A palavra é... Ruído”. Entre os debatedores da mesa estavam o escritor, professor universitário e psicanalista mineiro Carlos de Brito e Mello, juntamente com o mestre em música e doutor em estudos literários, Flávio Brabeitas. Mediada pelo jornalista e músico Artênius Daniel, o debate colocou muita gente para pensar. “Ruído pra mim sempre gerou incômodo. Mas diante do que ouvi hoje vou passar a olhar diferente para essa palavra, que é necessária em determinados momentos”, avaliou a fisioterapeuta Martha Nunes, de 35 anos.   O sentimento tanto do público quanto dos expositores do Fli-BH era o mesmo. "Estamos muito felizes com essa iniciativa", afirmou o designer gráfico Luiz Marcatto, de 26 anos, que ao lado da designer de moda Rafaella Queiroz, de 27 anos, estão à frente da Libretto que produz charmosos cadernos costurados a mão. Eles expuseram seus produtos na área dedicada as edtoras idependentes. "Sempre senti falta de eventos voltados para a literatura em BH. A Bienal, somente, não supri a demanda. Aqui no Fli encontramos editoras que muitas vezes temos acesso somente pela internet. O evento tem tudo para ganhar mais espaço", avalia Marcartto.   Entre uma atração e outra o público aproveitou para prestigiar a Feira Aproxima, que levou caldos, geleias, doces, bebidas e muitas outras guloseimas para o local, a maioria de produção artesanal. Era também um espaço de descanso. “É uma pausa muito boa. Os produtos são ótimos”, afirmou a fotógrafa Raquel Gonçalves, de 29 anos, que, em seguida, levou o filho Lucca, de 6 anos, e a sobrinha Laís, de 5 anos, para a atração “Chá com Cartas”, um projeto de incentivo à escrita de cartas. O Duelo de MC’s encerrou o dia com poesias de Drummond de Andrade.   O festival termina hoje com uma extensa programação. Dentro dela está a mesa de debate “A literatura e a cidade”, com o escritor espanhol Juan Pablo Villalobos, e o mineiro Luiz Ruffato, às 15h. O encerramento fica por conta show Ná e Zé, de José Miguel Wisnik e Ná Ozzetti, no Teatro Francisco Nunes, às 20h, com retirada de senhas uma hora antes do show.

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