Festival no Expominas revela simbolismos e tradições da sociedade japonesa

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
28/02/2020 às 09:54.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:47

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Apesar de conhecer com profundidade a cultura japonesa, Yukari Hamada ainda se surpreende quando, em reuniões realizadas no escritório do Cônsul Geral Honorário do Japão em Belo Horizonte, um participante tira um leque da bolsa e começa a se abanar, em dias de muito calor.

“O leque é acessório muito simbólico no Japão, permeando a cultura por longos anos”, registra Yukari, que é responsável pelo escritório e está à frente da coordenação da 9ª edição do Festival do Japão em Minas, com início hoje no Expominas.

Os leques fazem parte de uma das temáticas do festival, que também destacará a gravura Ukiyo-ê. “São dois tipos de leques, o dobrável (sensu) e o não-dobrável (uchiwa), cada um trazendo cores, tecidos e variações com significados próprios”, observa Yukari.

Ela lembra que há desde leques para uso em funerais a objetos voltados para cerimônias do chá e celebração de 100 dias de nascimento. Em funerais, eles são descartáveis e não podem ser abertos. “É para que estas pessoas não passem novamente por estes momentos”, explica.

No festival, serão distribuídos 250 leques em que as pessoas poderão inscrever seus nomes. Também poderão tirar fotos em cenários que remetem ao Japão. “É muito comum dar um leque de presente, especialmente quem vem do Japão para o Brasil, onde não há essa cultura”.

Muitas atividades

Realizado como uma forma de divulgar a cultura japonesa, o festival será montado numa estrutura de 20 mil metros quadrados, onde, até domingo, acontecem apresentações artísticas e sociais, concursos musicais, campeonatos de hashi, experimentação de beisebol e espaço dedicado a produtos artesanais.

“Queremos mostrar também que a cultura japonesa é muito próxima da mineira. As semelhanças não estão apenas nas bandeiras – brancas com uma figura geométrica vermelha ao centro. Como os mineiros, somos reservados e leais. Quando diz ser amigo, é para sempre”, destaca.
O coronavírus fez do país do sol nascente o quarto colocado em número de casos. Em Belo Horizonte, nada de máscaras. “Ainda está bem distante. As pessoas podem ir tranquilas”. 

SERVIÇO:
Hoje: 14h às 22h
Sábado: 10h às 22h
Domingo: 10h às 19h
Expominas (avenida Amazonas, 6200)
Ingressos a R$ 20 (R$ 10, a meia)
Outras informações em festivaldojapaominas.com.br

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