Festival Planeta Brasil reúne vários estilos musicais, comida e arte na Esplanada do Mineirão

Jéssica Malta
jcouto@hojeemdia.com.br
25/01/2018 às 15:26.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:57
 (Divulgação)

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“Uma coisa é clássica: O Rappa não acabou e nunca vai acabar. O repertório vai ficar pra sempre. É um grande relato de uma época”, garante o guitarrista Xandão, que sobe ao lado dos companheiros do Rappa amanhã, no palco do Festival Planeta Brasil, em um show que marca a última apresentação da banda em Belo Horizonte.

Mas, apesar do ciclo que se encerra – a banda cumpre a agenda até fevereiro deste ano – o músico exalta a contribuição deixada pelo grupo. “Acho que O Rappa tem um legado muito bonito. Gosto de dizer que as nossas músicas são relatos poéticos do cotidiano da pessoa comum. Trouxemos essa temática da vida nas comunidades, nas favelas”, observa Xandão.

O êxito alcançado nos mais de 25 anos de carreira também é exaltado pelo músico, que viu no sucesso uma oportunidade de colocar as crenças da banda em prática. “A gente fez muitos projetos e acreditamos neles. Ao invés de colocarmos nossa cara em destaque, colocamos os problemas sociais que existem nas nossas cidades, nossas comunidades e bairros”, salienta.

No palco com artistas de diferentes estilos – que vão desde o rock e reggae ao pop e à música eletrônica– o músico destaca a iniciativa. “É fundamental. Até porque somos brasileiros, o Brasil é diverso e é aí que se constrói a música”, pontua.

Quanto à apresentação, o músico garante um apanhado dos sucessos da banda. “Tocamos um pouco de cada álbum, até porque em uma carreira de 25 anos, produzimos muita música e muitas de sucesso, mesmo tendo gravado poucos discos”, conta. Ele garante que, apesar do passeio na carreira, o setlist é desconhecido até mesmo por ele. “Não temos uma lista de músicas, é sempre uma surpresa”, diz.

Encontros

Com um line-up que inclui também o rapper Gabriel, o Pensador, a banda francesa Phoenix e a norte-americana SOJA, o festival também promove encontros entre vários artistas, como Criolo e Mano Brown, que sobem juntos no palco pela primeira vez.

A nova geração da música também marca presença, como o encontro do mineiro Gabriel Elias e da cantora Mariana Nolasco – ambos que conquistaram fãs através de vídeos postados na internet – e os rappers do Oriente e a cantora Iza, um dos novos nomes do cenário pop.

Representando o reggae brasileiro, a banda Maneva é outra atração que traz convidados para o festival. O grupo sobe ao palco com a cantora Tati Portella. “Já fizemos bastante coisa juntos. Ela é uma pessoa de uma luz incrível, tem uma das vozes que a gente acha mais bonita no reggae brasileiro e internacional. A gente sempre fica muito feliz em recebê-la”, garante o vocalista Tales de Polli.

O cantor reforça a importância do festival. “Acho que o grande lance da música é esse. Essa mistura de som é o que a move. Mas, apesar da diversidade, todos falam a mesma linguagem da paz, do amor. Tem que ser assim, temos que caminhar todos juntos”, conclui.

Serviço: 7ª edição do Festival Planeta Brasil, amanhã, a partir das 12h, na Esplanada do Mineirão (Av. Antônio Abrahão Caram, 1001 – São José). Ingressos de R$ 130 a R$ 350. Programação completa em:http://festivalplanetabrasil.com

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