Festival Sai da Rede traz nomes em alta na internet, como Luedji Luna e Baco Exu do Blues

Lucas Buzatti
lbuzatti@hojeemdia.com.br
12/09/2018 às 18:25.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:25
 (Nti Uirá/Divulgação )

(Nti Uirá/Divulgação )

Transportar para além dos trending topics os nomes de artistas que têm se destacado na internet, aproximando-os do público e criando novas conexões. Essa é a ideia do festival “Sai da Rede”, cuja segunda edição vai até este domingo (16) no CCBB-BH. O projeto – que acontece há oito anos em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília – traz uma programação musical plural, com dois shows por dia, além de bate-papos voltados ao universo da web e exibição de filmes que ficaram pouco tempo em cartaz.

Representando Minas Gerais, o Iconili abriu a programação ontem, junto com a capixaba Ana Muller. Nesta sexta-feira, é a vez de Àttooxxá (BA) e Almério (PE); no sábado, de Baco Exu do Blues (BA) e Luiza Lian (SP); e no domingo, fechando a programação, Luedji Luna (BA) e Plutão Já Foi Planeta (SP). “A ideia é trazer para o mundo ‘real’artistas que ficaram grandes na internet. Nos últimos anos, temos acompanhado o surgimento de novas ferramentas e redes, como o Instagram e o streaming, e visto como esses artistas vêm produzido seus trabalhos e se comunicado com o público. Esse é um norte curatorial”, afirma Pedro Seiler, curador e um dos idealizadores do festival. 

Plural

Seiler ressalta que outro ponto de atenção é a pluralidade de estilos e lugares abarcada pelo atual momento da música brasileira. “O Brasil é muito diverso, então sempre buscamos dar espaços para artistas de diferentes estados. Hoje, ficamos muito felizes em ver como cresceram nomes que tocaram no ‘Sai da Rede’ em outras edições, como Baiana System, Bixiga 70, Cícero, Silva, Tulipa Ruiz e Tiê. Mostra que estamos no caminho certo”, afirma. 

O curador lembra que, nesta edição, o festival alcança pela primeira vez outras linguagens. “Teremos dois bate-papos. Um com os integrantes do ‘Choque de Cultura’, fenômeno de humor na web, que agrega um público mais jovem; outro, mais politizado, chamado ‘Mulheres na Web’, com a Clara Averbuck e outras convidadas discutindo pautas como o feminismo e o racismo”, explica. “Também haverá uma mostra audiovisual com filmes aclamados pela crítica, mas que não tiveram tanto espaço no circuito comercial”.

Para a baiana Luedji Luna, iniciativas como o Sai da Rede ajudam novos artistas a divulgarem seus trabalhos. “Esses festivais são, muitas vezes, a oportunidade para os artistas circularem seus shows, ampliando o público para além das redes”, diz a cantora, uma das novas paixões do público mineiro, que volta a BH pela terceira vez neste ano. 

“Tem sido incrível essa conexão com Minas Gerais. Já tinha ido a BH participar de um show da Maíra Baldaia e, depois, voltei na minha primeira turnê. Recentemente, também estive no Breve, que foi o primeiro festival grande que participei, com artistas de renome”, afirma. “Todas as vezes foram acolhedoras. O público daí abraça e cuida”, completa, ressaltando que seu show contará com a banda completa. 

Serviço: Festival Sai da Rede. Sexta (14), às 19h30; sábado (15), às 14h30; e domingo (16), às 14h; no CCBB-BH (Praça da Liberdade, 450 – Funcionários). Ingressos esgotados.

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