Festival 'Tudo é Jazz' tem início nesta quarta com encontros musicais on-line

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
22/11/2020 às 08:45.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:07
 (TUDO É JAZZ/DIVULGAÇÃO)

(TUDO É JAZZ/DIVULGAÇÃO)


A cada show do Festival Tudo é Jazz, que será realizado de forma on-line a partir de quarta-feira, o nome de Maria Alice Martins será lembrado. Criadora e curadora de um dos mais importantes eventos de jazz no país, ela morreu há pouco mais de uma semana, em decorrência de Covid.

“Ela não queria que este ano passasse em branco, apesar da pandemia. Ao invés de esperar, decidiu fazer essa edição on-line. Chegamos a pensar em gravar os shows na Praça Tiradentes, em Ouro Preto, mas não teríamos como controlar o público”, observa Rud Carvalho, que assumiu a batuta do festival.

Carvalho lamenta que a efusividade dos shows ao vivo, promovidos em Ouro Preto, teve que dar lugar ao universo digital. “A gente ficou triste porque a história da cidade histórica combina muito com o jazz. Nosso diferencial sempre foi a combinação da estética e da energia de Ouro Preto com o jazz”.

Apesar da impossibilidade de ver bambambãs do gênero de perto, o produtor vislumbra no formato uma oportunidade de incrementar o intercâmbio entre influências culturais e musicais de países diferentes. “Convidamos músicos de renome internacional para fazer duetos com os nossos artistas”.

Blue Note
Entre estas conexões está o encontro de Madeleine Peyroux e Célio Balona, que abre a programação. Madeleine pôde gravar a sua parte no celebrado bar de jazz Blue Note, em Nova York. “Quando souberam que faríamos essa gravação com Madeleine, eles pediram para ser lá. Para nós, é uma honra gigante”.

Cada artista fará uma apresentação solo e, no final, eles tocarão juntos. Nenhum show será ao vivo. Foi tudo pré-gravado, “até porque o jazz exige uma qualidade e pureza do som”, ressalta Carvalho. Outros duetos terão Marcos Valle e Stacey Kent e Natasha Agrama e Rogério Delayon.

O produtor lembra que o Tudo é Jazz tem reconhecimento internacional, com uma parcela de público – de 8% a 10%, segundo ele – que vinha de fora do país apenas para acompanhar os shows. “Com o on-line, a gente amplia mais esse alcance, atingindo todos os amantes do jazz no mundo”, destaca.

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