Filarmônica tem motivos para celebrar seus 5 anos

Jaqueline da Mata - Hoje em Dia
25/02/2013 às 11:51.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:20
 (Rafael Motta)

(Rafael Motta)

Tão nova e já tão influente. Aos cinco anos de vida, completados na última quinta-feira, a Filarmônica de Minas Gerais tem "licença poética" para se orgulhar, já que está entre as melhores orquestras do Brasil. Este ano, motivos não faltarão para comemorar: no sábado (2), o governador Antonio Anastasia marca o início da construção da Sala da Filarmônica, prevista para ser ocupada em 2015.

A programação deste ano também promete, principalmente em julho, quando os aniversários de 200 anos dos compositores Giuseppe Verdi e do alemão Richard Wagner serão celebrados.

"Teremos várias obras importantes dos dois compositores espalhadas pela programação dos concertos de assinatura, mas com ênfase para duas apresentações em julho que celebrarão de forma especial esses aniversários", revela o maestro Fabio Mechetti. Ele comenta que serão executados o Requiem de Verdi, com a participação de solistas internacionais, dos Corais Líricos de Minas Gerais e do Theatro Municipal de São Paulo, e um concerto homenageando Wagner, com a presença da soprano Eliane Coelho interpretando o primeiro ato da ópera "A Valquíria", em forma de concerto.

O maestro comenta ainda sobre seu voto a favor do empate entre os dois gênios em uma enquete publicada pela Folha de S. Paulo, no último dia 19. "Os dois compositores fizeram contribuições distintas na evolução do gênero operístico e são universalmente consagrados. Colocar um na frente do outro, numa competição hipotética, não representa a real valorização dessas contribuições".

Rincões

Mechetti, que entre várias premiações recebeu o Prêmio Carlos Gomes 2009 de Melhor Regente Brasileiro, é o diretor artístico e regente titular da Filarmônica de Minas Gerais, desde a sua criação. Para ele, os cinco anos de existência da orquestra trouxeram um renascimento cultural para Belo Horizonte. "Foi uma introdução a milhares de mineiros, de quase todos os rincões do estado, à música orquestral, que permitiu a jovens que raramente têm a oportunidade de se relacionar com a música sinfônica de qualidade estabelecerem um paradigma de excelência artística e de eficiência de gestão que serve hoje como modelo a várias outras iniciativas", enfatiza.

Temporada 2013 começa terça com concerto no Palácio das Artes

O primeiro concerto deste ano da Filarmônica de Minas Gerais, que acontece na terça-feira (26), no Grande Teatro do Palácio das Artes, terá a presença do premiado pianista José Feghali, interpretando o Concerto nº 2 em sol menor, de Saint-Saëns. O maestro Marcos Arakaki conduzirá a Orquestra na "Sinfonia nº 9" de Shostakovich e no popular "Bolero" de Ravel. Ainda no programa, "Sons Inovadores", de Amaral Vieira.

José Feghali, que já havia se apresentado com a Filarmônica de Minas Gerais em 2008 e 2010, nasceu no Rio de Janeiro. Aos cinco anos realizou sua primeira apresentação e, aos oito, tocou com a Orquestra Sinfônica Brasileira. Aos 15 anos, mudou-se para Londres, onde teve aulas com a pianista italiana Maria Curcio. Tempos depois, estudou na Academia Real de Música, com Christopher Elton. Atualmente, é artista residente na Universidade TCU, em Fort Worth, Texas (EUA).

Patrimônio

"Graças ao trabalho de todos os envolvidos, do apoio do governo e do aplauso de nosso público, hoje a Filarmônica é certamente um patrimônio relevante na vida cultural de Minas Gerais e do Brasil. É o reconhecimento de um trabalho sério, idealista, voltado a contribuir para a emancipação cultural de nossa sociedade", finaliza Fábio Mechetti.


Serviço

Série Vivace na terça-feira (26), às 20h30 Grande Teatro do Palácio das Artes (avenida Afonso Pena 1537, Centro - 3236-7400). R$ 60 (Plateia I), R$ 46 (Plateia II) e R$ 30 (Plateia Superior). Meia-entrada conforme a lei.

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