Filme “De Volta para o Futuro” faz boas previsões para 2015 – algumas furadas

Paulo Henrique Silva - Hoje em Dia
02/08/2015 às 07:40.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:11

Faltam poucos meses para o adolescente Marty McFly e seu amigo cientista Doc Brown chegarem. O futuro previsto em “De Volta para o Futuro”, com a dupla de personagens viajando no tempo em um carro da marca DeLorean, já deve virar presente em 21 de outubro, exatamente às 16h25.   Quando a continuação dirigida por Robert Zemeckis estreou nos cinemas, em 1989, a tecnologia experimentada por Marty para ajudar os seus filhos metidos em encrencas não passava de uma fantasia dos roteiristas. Hoje muitas das invenções mostradas no filme já fazem parte do nosso dia a dia.   Quando o filho de Marty (vivido pelo mesmo ator que faz o pai, Michael J. Fox) se comunica com seu patrão através da tela da TV, ali estava o embrião do que viria a se chamar vídeo-conferência. Outra tecnologia corriqueira nos dias atuais, o uso de máquinas de cartão de crédito já estava previsto no filme.   Para os amantes do videogame, jogar sem precisar acionar botões é uma realidade. Na continuação de “De Volta para o Futuro”, McFly entra numa loja de diversão e participa de um jogo que reconhece seus movimentos – muito parecido com o Kinect, desenvolvido pela Microsoft para o Xbox.   TABLETS E DRONES   Muito comum hoje, a biometria – leitura das digitais para reconhecimento do usuário – não passava de ficção há 30 anos. O tablet, que vem substituindo os notebooks, é mostrado no filme no instante em que pedem para o adolescente assinar uma petição popular.    Outra tecnologia recente, o drone aparece como uma xereta câmera para veicular imagens para TV, o que tem sido usado por algumas emissoras. Nenhum fabricante confeccionou uma roupa que seca sozinha no corpo, mas a Nike está perto de lançar um tênis que se amarra automaticamente.   Mas o apetrecho mais esperado pelos fãs da trilogia ainda vai demorar um pouco para se tornar realidade: embora a Hendo tenha criado um protótipo de skate voador (protagonista de boa cena de perseguição), ele ainda não tem o mesmo desempenho do objeto do filme.   Ida à lua foi ‘prevista’ em 1902, e o capitão Kirk usava ‘smartphone’ nos anos 60   Desde quando a câmera começou a rodar, o cinema vem tentando prever o futuro. A primeira invenção que se concretizou foi a presença do homem na lua, descrita em “Viagem à Lua” (1902) pelo francês George Méliès, e que ficou famoso pelo pouso da estranha astronave (lançada no espaço por um canhão gigante), acertando em cheio o olho do satélite – sim, olho, pois tem a forma e os trejeitos de um rosto humano.   O feito só foi alcançado em 20 de julho de 1969, pelos americanos Neil Armstrong e Edwin Aldrin, e, apesar do ilusionista Mèliès ter sido o pioneiro, o primeiro filme a mostrar uma alunagem próxima ao que aconteceu foi o alemão “A Mulher na Lua”(1929), mérito de Fritz Lang, diretor expressionista que mais tarde faria carreira em Hollywood. Nessa história, havia um foguete multiestágios e uma intensa cobertura da mídia.   Skype em ‘2001 – uma odisseia no espaço’   À medida que o cinema foi investindo cada vez mais no gênero ficção-científica, novas “previsões” surgiram. Um dos melhores filmes de todos os tempos, “2001 – Uma Odisseia no Espaço”, lançado em 1968 por Stanley Kubrick, não só descreveu uma conversa entre um astronauta e um computador com inteligência como também exibiu o que seria uma espécie de Skype de hoje.   Ainda no final da década de 60, a série “Jornada nas Estrelas”, uma das mais cultuadas pelos fãs do gênero, deu importantes contribuições para o futuro da tecnologia. O capitão Kirk mostrou bravura e determinação em muitos episódios, mas para os cientistas ele é o “cara” que carregou o primeiro smartphone do mundo, um comunicador em que o protagonista conversava com a tripulação da nave Enterprise.   Precursor do GPS   Apesar de mais pop e menos preocupado em fazer predições, “Guerra das Estrelas” também apresentou inovações que, para deleite dos fãs, não estão longe de virar realidade. A mais divertida delas é que aquela velha brincadeira de criança, com duelos de sabres de luz, poderá ser concretizada muito em breve. Só vai faltar aquele barulho delas cortando o ar – aliás, já disponível em aplicativos para telefone.   Os visionários roteiristas de filmes não se limitaram à ficção-científica. Com um inventor como Q a seu serviço, o agente secreto James Bond teve vida longa, tanto nas histórias de espionagem como nas telas de cinema. Já no primeiro filme (“007 contra Goldfinger”), tínhamos o precursor do GPS. E o que já foi motivo de riso – um raio-x que permitia ver os passageiros sem roupas na comédia “Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu 2” – deverá deixar muita gente receosa na hora de embarcar.  

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