Filme infantil mineiro, 'Dentro da Caixinha' será lançado em três salas

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
10/10/2016 às 18:02.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:10
 (Cineart / Divulgação )

(Cineart / Divulgação )

Uma semana após entregar uma cópia do infantil “Dentro da Caixinha” à distribuidora Cineart, o cineasta Guilherme Reis ouviu de uma das diretoras que já não aguentava mais ver o filme. A frase, na verdade, era um grande elogio. “Ela me falou que os filhos não viram outra coisa durante aquela semana”, conta.

Resultado: um filme que nasceu com cara independente ganhou um circuito comercial, com estreia nesta quinta-feira, em três salas de Belo Horizonte e Contagem. A pré-estreia será amanhã, no Cidade (13h50) e no Contagem (13h40). “Fiquei muito surpreso com o retorno”, afirma Guilherme.

Outro feito é ocupar espaço numa época em que as produções americanas predominam. “Gosto da cultura popular, e o filme é uma maneira de resgatar as cantigas de roda. Muitas delas são maravilhosas e têm um papel educador muito legal”, diz o diretor, para quem a música é sempre inspiradora.

Baú de lembranças
Na história, três irmãos passam férias na casa da avó, na cidade grande, e os jogos eletrônicos acabam dando lugar às brincadeiras de roda saídas de um baú quando a energia elétrica acaba. “Não é uma crítica contundente às mídias e às novas tecnologias. Só queremos discutir”, registra.

Guilherme frisa que, se existe um lado negativo nos jogos eletrônicos, é o fato desses brinquedos já virem prontos, não permitindo à criança que ela desenvolva o lado da imaginação. “O grande barato da infância é poder sonhar, brincar”, analisa o diretor do filme, que também agradou os adultos em sessões-teste.

Não é a primeira incursão de Guilherme nesse gênero. O curta-metragem “Jardim das Cores” (2008) foi premiado no FICI – Festival Internacional de Cinema Infantil. “Gosto desse público, que é sincero e exigente. Um filme infantil, quando é bom, nunca morre. ‘Jardim’ até hoje é exibido em escolas”.

Para divulgar “Dentro da Caixinha”, o cineasta passou por mais de 30 escolas, públicas e particulares de BH. “Só no colégio Santo Antônio foram 45 salas. É uma forma de chamar a atenção para o filme e para que a primeira semana em cartaz seja boa, abrindo a possibilidade de ir para outras cidades”.

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