(Divulgação)
O Fresno pretende gravar um DVD no final deste ano, para celebrar os 15 anos de carreira. Mas não quer que seja apenas um produto recheado de hits, nem que haja um grande hiato entre o registro audiovisual e seu último álbum, “Infinito”, de 2012. Assim, a banda decidiu colocar no mercado o EP “Eu Sou a Maré Viva”, com cinco faixas e lançado de forma independente.
“Um CD cheio demoraria mais para ser composto, gravado e lançado. O EP é mais rápido, seria mais adequado ao que queremos nesse momento”, afirma o guitarrista Gustavo Mantovani, o Vavo.
Mesmo sendo um trabalho curto, “Eu Sou a Maré Viva” é encarado pelo grupo gaúcho como um disco de carreira. Especialmente pela maneira com que foi criado. O grupo pegou os esboços de composição que já tinha em mãos e seguiu para um sítio à beira da represa de Igaratá, em São Paulo.
As sessões de gravações da instrumentação aconteceram com uma tranquilidade inédita para o grupo. “A composição aconteceu de maneira muito espontânea. A gente se afastou de tudo que nos incomoda na cidade grande, a internet mal funcionava no lugar. A gente gravava um pouquinho, depois saía para andar de caiaque. Voltava e gravava mais uma música”, diz Mantovani.
O vocal de Lucas Silveira também foi gravado de uma maneira diferenciada. Foi captado num estúdio móvel montado em um pier flutuante, aproveitando a reverberação da voz de maneira orgânica e potente.
Manifesto
Dentre as cinco faixas, o destaque é “Manifesto”, gravada com participações de Lenine e Emicida. Convidados bem adequados a uma letra que questiona a futilidade dos tempos contemporâneos.
Tanto essa música quanto as outras quatro representam bem o caminho que tem sido trilhado desde que o Fresno deixou de trabalhar com gravadoras. A banda tem apostado bastante em um rock orquestrado, com sonoridade de violinos, violas e outros instrumentos de corda. “Isso ficou ainda mais evidente agora, que pudemos contar com a colaboração de nosso ‘brother’ Lucas Lima”, explica o guitarrista.