Fabricante do Sul de Minas se destaca na produção do derivado do leite de ovino

Frank Martins - Hoje em Dia
15/03/2015 às 17:54.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:21
 (Val Di Fiemme)

(Val Di Fiemme)

Conhecido e adorado no mundo todo, o queijo está presente de petiscos a pratos principais, exibindo uma variedade quase infinita de cores, cheiros e sabores. Sem exagero, existem centenas de tipos de queijos produzidos em todo o mundo, sendo que os diversos estilos e sabores são o resultado de formas diversificadas de produção, tais como o uso do leite de diferentes mamíferos, o acréscimo de diferentes teores de gordura, o emprego de determinadas espécies de bactérias e bolores e a adição de agentes aromatizantes tais como ervas, especiarias ou defumação.   Na cidade de Soledade de Minas, no alto da Serra da Mantiqueira, no Sul de Minas Gerais, o empresário Vicente Marin, da Val Di Fiemme, vem se destacando na criação de ovelhas e na produção de queijos e de derivados do ovino.    “Há 22 anos estamos no mercado. O interesse na criação de ovinos e na fabricação de queijos veio após várias viagens que fiz em busca de novidades para o laticínio pela Europa. Somos pioneiros em Minas Gerais neste tipo de criação e estamos entre os cinco maiores produtores de leite de ovelha no país. Já na fabricação de queijo somos líderes absolutos no Brasil”, conta Marin.   Raça francesa   Os animais utilizados na ordenha são da raça Lacaune, originários da região francesa que leva o mesmo nome do mamífero. É a raça mais numerosa na França, tendo seu leite especialmente utilizado para a produção do Roquefort, dentre outros.   Nas alterosas, a Val Di Fiemme vem se destacando na fabricação de queijos finos.   Na nova linha de produtos da empresa, os carros-chefes são os queijos em neve; o folhado de uva e figo, e o brisa com pimenta e nozes americanas.   Segundo a nutricionista Débora Cherubino, o queijo de ovelha é uma excelente opção, pois possui menor teor de gorduras, proteínas de alto valor biológico, maior teor de cálcio e ainda é reduzido naturalmente em lactose devido ao processo de maturação do queijo onde grande parte da lactose é eliminada, tendo assim boa aceitação e melhor digestão para intolerantes à lactose.   “Atualmente contamos com um total de 420 animais no nosso rebanho, sendo que 300 são consideradas matrizes (animais na fase produtiva de leite). Cada ovelha produz 320 litros de leite por lactação de 200 dias, o que em média dá 1,6 litros de leite por dia. Do leite das ovelha criadas aqui são produzidos quatro tipos de queijo e quatro de iogurte”, esclarece o rei do queijo de ovelha.   Sabores   Para ganhar o consumidor, literalmente, pela boca, a Val Di Fiemme tem investido da diversificação de sabores e na introdução do produto no gosto do público. “Na Europa, os produtos derivados do leite de ovelha fazem parte do cotidiano gastronômico das pessoas. É uma criação milenar na França, Espanha, Suíça, Itália e em Portugal. Por aqui, ainda estamos engatinhando”, afirma Vicente.    Entre os produtos oferecidos pelo laticínio do Sul de Minas estão os queijos de ovelha em Neve, que não leva nenhuma adição de sabor e é envolto de mofo branco – o mesmo mofo utilizado no queijo brie e camembert; os Folhados, que podem ser com figo turco em passas ou uvas; os Brisas, que levam pimenta ou nozes americanas; e o Tipo Pecorino, que tem um processo de maturação mais longo e uma cor mais amarelada em comparação aos outros.   Estranheza inicial   O queijo de leite de ovelha é muito rico em aroma e sabor, possui pasta semidura e cor alva, com poucas olhaduras na massa, obtidas após a coagulação do leite, depois de pasteurizado.   “As pessoas quando experimentam o produto pela primeira vez ficam surpresas. O leite da ovelha produz o queijo mais suave que os da vaca, cabra e búfala. Até a cor é diferente, pois o queijo de ovino é mais branco, macio e cremoso que os demais”, conta com orgulho o produtor.   Os quatro iogurtes produzidos pela Val Di Fiemme são naturais e considerados os verdadeiros iogurtes gregos (leia ao lado).   O que os diferenciam nos sabores são os acréscimos de geleias de abacaxi, morango e maracujá.   Todos os produtos podem ser encontrados em Belo Horizonte na rede de supermercado Verde Mar.   Leite mais nutritivo que o de vaca, cabra e de búfala   Assim como é mais saudável, o leite de ovelha também é mais nutritivo. Mais rico em proteína que os outros leites (vaca, cabra e búfala), o leite de ovelha também oferece menor risco de intolerância, pois a lactose dele é facilmente absorvida pelo organismo e digerido com mais rapidez. Em comparação com o leite de vaca, o leite de ovelha tem, em média, 75% a mais de cálcio, 150% a mais de vitamina C e 160% a mais de biotina, além de proteínas de alto valor biológico e vários minerais, como potássio, manganês, sódio, cobre, zinco e fósforo. Para quem evita consumir queijos e iogurtes, devido a uma dieta livre de lactose, os produtos à base de leite de ovelha são opções gostosas e nutritivas. Estima-se que 25% da população brasileira sofre algum nível de intolerância à lactose. (F.M.)   O verdadeiro iogurte grego segue uma receita milenar   Quando você pensa em iogurte grego, o que vem à sua cabeça? Um alimento saudável? Uma alternativa de lanche calórica? Uma boa opção para o consumo de proteínas? A polêmica em torno do iogurte grego é grande. E com razão. Dos gregos vendidos nas prateleiras do supermercado, a única característica quase consensual do iogurte grego é a textura. Ela é cremosa, em nível intermediário entre o iogurte líquido, de garrafa, e o mais rígido, de pote.   Para quem não sabe, o original iogurte grego é feito com leite de ovelha. A receita milenar do iogurte artesanal grego leva apenas leite, um pouco do iogurte do dia anterior e nada mais. Ele é considerado um alimento vivo, pois não estraga com facilidade e não utiliza conservantes.    “Isso que chamam hoje de iogurte grego é um iogurte coado. O tradicional é o feito com leite integral de ovelha. Quem experimenta uma vez não consegue tomar outro”, conta a nutricionista Elena Paravantes.    O resultado final é um iogurte mais sólido com menos açúcar, menos carboidratos, e mais proteína em comparação com iogurte regular. (F.M.)   Batata gratinada com queijo de ovelha   Ingredientes
3 batatas extra grande 1 1/2 de xícara de leite 100g de peito de frango picadinho 200g creme de leite fresco 2 colheres de farinha de trigo 1 xícara de chá de milho verde 1/2 cebola ralada 200g de queijo de ovelha  1/2 colher de chá de açafrão Raspas de noz moscada Raspas da casca de uma laranja, sem a parte branca Sal a gosto Manteiga ou óleo para refogar Manjericão até o cheiro te conquistar
Modo de fazer
Corte as batatas em rodelas não muito finas, cozinhe com sal, açafrão e as raspas de laranja. Cozinhe o frango com sal e noz moscada, depois desfie e doure na manteiga. Em um vasilha, misture o leite com o creme de leite, a farinha de trigo e a cebola, mexa vigorosamente até formar um creme homogêneo. Leve ao fogo até engrossar e deixe ferver por 5 minutos, acrescente o frango e o milho verde. Finalmente, salpique o manjericão rasgado, desligue o fogo. Reserve. Em seguida, monte em um travessa média, camadas de batata, molho com frango e queijo esfarelado grosseiramente, encerrando com o queijo. Leve ao forno alto para gratinar, mais ou menos 20 a 25 minutos, dependendo do forno. Acompanhe apenas com salada de alface e tomate.

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